PGR aguarda de Cláudio Castro detalhes de operação letal no Rio

PGR pede informações ao governo do Rio sobre operação letal. Paulo Gonet aguarda dados de Cláudio Castro para decidir medidas após 119 mortes.
Operação letal no Rio — foto ilustrativa Operação letal no Rio — foto ilustrativa

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que já solicitou dados ao governo do Rio de Janeiro sobre a recente operação que resultou em pelo menos 119 mortes. O procurador-geral, Paulo Gonet, declarou que aguarda essas informações para avaliar quais medidas podem ser tomadas pela PGR.

Em ofício enviado ao STF, Gonet indicou que “medidas complementares poderão ser cogitadas a partir da compreensão mais precisa dos fatos que as informações haverão de propiciar”. A PGR busca detalhamentos sobre a letalidade e vitimização policial na operação, e se os parâmetros da decisão do STF na ADPF 635/RJ, conhecida como “ADPF das Favelas”, foram observados.

O pedido da PGR inclui 11 pontos cruciais. Entre eles, estão a preservação do local da operação para perícia, a comunicação imediata ao Ministério Público, a atuação da polícia Técnico-científica, o acompanhamento pelas corregedorias, o uso de câmeras corporais e em viaturas, a justificativa para o grau de força empregado, a observância das diretrizes para busca domiciliar, a presença de ambulância e a proporcionalidade no uso da força, especialmente em horários escolares. Adicionalmente, questiona-se a necessidade e justificativa para o uso de estabelecimentos educacionais ou de saúde como base operacional e o eventual uso desses espaços para atividades criminosas.

A manifestação de Gonet ao STF ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes ter solicitado parecer da PGR sobre diligências propostas pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) em relação à mesma operação. Moraes despachou na ADPF das Favelas, ação que estabeleceu diretrizes para reduzir a letalidade policial no estado, especialmente em comunidades, e exigiu a criação de um plano de recuperação territorial para áreas dominadas por facções e milícias.

O Conselho Nacional de direitos humanos acompanha o processo como terceiro interessado. A PGR esclareceu que, mesmo antes da intervenção do CNDH, o governo do Rio já havia sido notificado para prestar informações.

Fonte: Estadão

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