A Polícia Federal está analisando documentos e mídias apreendidos durante a Operação Papel Timbrado, deflagrada na última quarta-feira (5), com o objetivo de desarticular um sofisticado esquema de fraude contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. O foco da investigação são recursos supostamente desviados do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), gerido pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
Investigação detalha fraude em financiamentos
Agentes da Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros da PF realizaram buscas em sete endereços nos municípios de Recife, Olinda e Abreu e Lima. Os mandados foram expedidos pela 4.ª Vara Federal. O BNB informou que a investigação teve início a partir de uma comunicação formal feita pela própria instituição em 2022.
Um efetivo de 30 policiais federais apreendeu veículos, documentos e mídias que são considerados de interesse para a investigação, possivelmente representando o proveito ou produto dos crimes.
As apurações indicam que diversas empresas, atuando formalmente de maneira distinta, teriam obtido financiamentos fraudulentos do FNE. A simulação envolvia a compra de máquinas flexográficas, utilizadas para impressão em alto-relevo. Os contratos sob análise ultrapassam milhões de reais, segundo a PF.
Modus Operandi e Crimes Investigados
O esquema criminoso contava com a articulação de pessoas físicas e jurídicas para desviar e ocultar a destinação dos recursos. As principais irregularidades identificadas na Operação Papel Timbrado incluem o uso de empresas de fachada, adulteração de equipamentos, Falsificação de documentos e o desvio e ocultação de valores. Os envolvidos podem responder pelos crimes de fraude contra o sistema financeiro nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A PF ressaltou que a operação reitera o compromisso da corporação na proteção do patrimônio público e na manutenção da integridade do sistema financeiro nacional.
Posição do Banco do Nordeste
Em comunicado, o Banco do Nordeste (BNB) confirmou que a operação policial em Pernambuco teve origem em uma comunicação formal feita pelo próprio banco no ano de 2022. A instituição reafirmou seu compromisso com a integridade, ética e conformidade regulatória, colaborando de maneira proativa e transparente com as autoridades para o esclarecimento dos fatos.
Fonte: Estadão