A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (14) a sexta fase da Operação Overclean, investigando desvios de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro.


Alvo: Deputado Federal e Apreensão de Celular
Um dos alvos da operação foi o deputado federal Dal Barreto (União Brasil), que teve seu telefone celular apreendido pela polícia. Em nota, o parlamentar declarou não ter tido Acesso ao inquérito e que está à disposição da PF, confiante na sua inocência e na legalidade de suas ações.
Mandados e Objetivos da Operação
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar diversa da Prisão em Salvador e Amargosa (BA), e em Brasília (DF). As ordens foram expedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O objetivo é desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Crimes Investigados e Alvo Principal
Os investigados podem responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro. As apurações da Overclean indicam a atuação de um grupo criminoso que teria atingido o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), órgão ligado ao Ministério da Integração Nacional, especialmente na Bahia.
Esquema de Desvio e Movimentação Financeira
O grupo teria direcionado recursos de emendas parlamentares e convênios para empresas ligadas a administrações municipais, resultando em superfaturamento de obras e desvios financeiros. Estima-se que R$ 1,4 bilhão tenha sido movimentado em contratos fraudulentos e obras superfaturadas.

Histórico da Operação Overclean
A operação Overclean foi deflagrada no ano passado e já investigou fraudes em licitações de lixo, direcionamento irregular de emendas e corrupção em prefeituras. O inquérito atual, com alvos ligados ao União Brasil, subiu para o Supremo por citar o deputado federal Elmar Nascimento. Pessoas próximas ao grupo político do prefeito de Salvador, Bruno Reis, também já foram alvo.
Repercussão no STF e Sigilo
A decisão sobre qual ministro do STF relataria o caso foi discutida, com a PF pedindo a Flávio Dino. No entanto, a PGR opinou pela Permanência com Kassio Nunes Marques, decisão mantida pelo então presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso. Em janeiro deste ano, Nunes Marques determinou sigilo sobre a tramitação do caso no STF.
Fonte: Folha de S.Paulo