Petróleo em Queda: Tensões EUA-China e Excesso de Oferta Pressionam Preços

Preços do petróleo WTI e Brent caem com tensões EUA-China e temores de excesso de oferta, segundo AIE e analistas de mercado.
Preço do petróleo — foto ilustrativa Preço do petróleo — foto ilustrativa

Os contratos futuros de petróleo registraram queda nesta terça-feira, 14, com o mercado novamente impactado pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A imposição mútua de taxas portuárias sobre embarcações reacendeu o temor de um desaquecimento na demanda global. Paralelamente, as preocupações com o excesso de oferta da commodity continuam a pesar sobre os preços.

Pressão das Tensões Geopolíticas

O petróleo WTI para novembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em baixa de 1,33%, a US$ 58,70 o barril. O Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), recuou 1,47%, terminando o dia a US$ 62,39 o barril. Uma nova escalada no conflito comercial entre Washington e Pequim representa um risco significativo para a demanda global por petróleo, exercendo pressão descendente sobre os valores.

Gráfico mostrando a variação do preço do petróleo WTI e Brent em queda devido a tensões geopolíticas
Preços do petróleo caem com receios de guerra comercial e excesso de oferta.

Temores de Excesso de Oferta

As preocupações com a oferta também se intensificam. A Agência Internacional de Energia (AIE) elevou sua previsão de superávit de petróleo e sinalizou um acúmulo de barris em estoques flutuantes e em trânsito. Essa movimentação sugere que o excedente em breve chegará aos principais centros de armazenamento, o que historicamente impacta negativamente os preços.

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A Ritterbusch comentou que o relatório mensal da AIE foi “inusitadamente pessimista”, reforçando a tendência de baixa. “Embora os gráficos possam sugerir uma nova queda do WTI para a faixa dos US$ 55, uma reversão acentuada pode ocorrer caso surjam sinais da Casa Branca de que as conversas do presidente Donald Trump com o presidente chinês, Xi Jinping, seguirão conforme o previsto”, alertou a consultoria.

Adicionalmente, Pequim anunciou sanções contra subsidiárias americanas de um estaleiro sul-coreano, em resposta a uma ameaça dos EUA de impor uma tarifa de 100% sobre produtos chineses. “A indústria do petróleo continua a navegar por questões geopolíticas”, observou o ANZ Research. Enquanto isso, os países da Opep+ seguem ampliando a produção, alimentando o receio de um superávit ainda maior e mantendo os preços sob pressão, conforme aponta o ANZ.

Análise e Perspectivas para o Mercado de Petróleo

Analistas de mercado apontam que a dinâmica atual do mercado de petróleo é complexa, marcada pela interação entre fatores geopolíticos e fundamentais de oferta e demanda. As negociações comerciais entre EUA e China são um fator de atenção constante, com qualquer sinal de escalada ou desescalada impactando diretamente as expectativas de crescimento global e, consequentemente, o consumo de energia.

A decisão da Opep+ sobre os níveis de produção também se configura como um ponto crucial. O grupo tem tentado gerenciar a oferta para equilibrar o mercado, mas a pressão de países produtores, juntamente com o aumento da produção em nações não-membros, dificulta o controle. O futuro dos preços do petróleo dependerá da capacidade dos produtores em ajustar a oferta frente a uma demanda incerta e das tensões comerciais persistentes.

Fonte: InfoMoney

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