Os preços do petróleo encerraram o pregão desta segunda-feira em baixa, reflexo da apreensão do mercado quanto a um potencial excesso de oferta da commodity. Fatores como as tensões geopolíticas no Oriente Médio e Leste Europeu, além da dinâmica da relação comercial entre Estados Unidos e China, também moldam o cenário das negociações do óleo.
O petróleo do tipo WTI, com contrato para dezembro, registrou queda de 0,23% (US$ 0,13), finalizando o dia a US$ 57,02 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). Na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), o Brent para dezembro recuou 0,46% (US$ 0,28), fechando a US$ 61,01 o barril.
Preocupações com a Demanda Global
A corretora Forex.com, parte da StoneX, aponta que as projeções de crescimento econômico mais tímidas, somadas à transição energética em curso na China e na União Europeia, impactam negativamente as perspectivas de longo prazo para o petróleo bruto. Essa conjuntura é ainda mais agravada pelas disputas tarifárias entre EUA e China. “Os preços do petróleo bruto estão registrando outra queda em direção às mínimas anuais em meio ao excesso de oferta, à fraca demanda e às preocupações com tarifas”, destaca a análise.
A relação comercial entre as duas maiores economias do mundo segue sob os holofotes. Nesta segunda-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizou a possibilidade de a China enfrentar tarifas de 155% caso não haja um acordo comercial até 1º de novembro. Apesar da ameaça, Trump também expressou otimismo sobre um entendimento com seu homólogo chinês, Xi Jinping, elogiando a postura do líder nas negociações recentes.
Geopolítica e Cessar-Fogo no Radar
No âmbito geopolítico, o mercado acompanha de perto as expectativas de um possível encontro entre Donald Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. O líder americano reiterou o apoio aos esforços de seu governo para mediar um cessar-fogo em conflitos. Em outra frente, no Oriente Médio, o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, iniciou uma visita a Israel com o objetivo de reforçar o frágil cessar-fogo atualmente em vigor na Faixa de Gaza.
Fonte: InfoMoney
