Petróleo cai com Opep+ planejando aumentar produção e tensões EUA-China

Os preços do petróleo registraram uma leve queda nesta segunda-feira, após planos da Opep+ de elevar a produção superarem as expectativas de um acordo comercial entre EUA e China e novas sanções americanas contra a Rússia.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em baixa de 0,5%, a US$65,62 por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI) dos EUA recuou 0,3%, terminando o dia a US$61,31. Ambos os contratos haviam registrado quedas de aproximadamente 1% no início das negociações.

Opep+ Sinaliza Aumento de Produção

Oito nações membros do grupo Opep+ estão inclinadas a realizar um novo e modesto aumento na produção de petróleo em dezembro. A reunião está agendada para o próximo domingo, com a Arábia Saudita liderando os esforços para recuperar sua participação de Mercado, conforme indicaram quatro fontes familiarizadas com as negociações. Essa decisão pressiona os preços para baixo, antecipando um maior suprimento no mercado global.

Perspectivas do Comércio EUA-China e Sanções à Rússia

Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, devem se reunir na quinta-feira para definir uma estrutura que poderia pausar as tarifas mais severas impostas pelos EUA e as restrições de exportação de terras raras pela China. Essa reunião gera esperança no mercado, mas a incerteza sobre o resultado ainda pesa.

Adicionalmente, os Estados Unidos impuseram sanções contra as principais empresas petrolíferas russas na quarta-feira. Embora o impacto nas exportações de petróleo da Rússia dependa da aplicação dessas sanções, elas representam um fator que poderia, teoricamente, impulsionar os preços do petróleo. No entanto, o movimento de alta foi ofuscado pela expectativa de maior produção da Opep+.

Análise de Mercado

“Os futuros do petróleo estão em uma pausa após a forte alta da semana passada, já que o presidente Trump se reúne com o presidente chinês Xi e sua equipe para negociações comerciais na quinta-feira, na esperança de finalizar a maioria das diferenças”, disse Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociação do BOK Financial. A cautela prevalece enquanto os mercados aguardam desdobramentos tanto na frente comercial quanto nas decisões de política energética.

Fonte: InfoMoney