Petróleo na Amazônia: Barbalho defende exploração com “robustez técnica”

Governo do Pará defende exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira, citando “robustez técnica” e necessidade de segurança energética.
exploração de petróleo na bacia do Amazonas — foto ilustrativa exploração de petróleo na bacia do Amazonas — foto ilustrativa

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), classificou como uma “decisão técnica” robusta a liberação pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a Petrobras perfurar um poço exploratório na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira. A decisão, que permitiu a pesquisa na região, foi resultado de cinco anos de análise e debate.

Segundo Barbalho, a Petrobras atende a todos os requisitos técnicos necessários para a exploração. Ele destacou que o projeto está localizado a 540 km da Foz do Rio Amazonas, em mar profundo, e que países vizinhos como Suriname e Guiana Francesa já realizam atividades exploratórias na mesma área, demonstrando a viabilidade técnica.

Demanda Brasileira por Petróleo e Segurança Energética

O governador defendeu o projeto de exploração petrolífera com base na demanda brasileira por petróleo. Barbalho alertou que, sem expandir a oferta nacional, o Brasil precisará importar petróleo em 15 anos para garantir a segurança energética. Ele considera um contrassenso abrir mão de uma riqueza nacional no subsolo, especialmente quando as questões ambientais são resolvidas e países vizinhos já se beneficiam da exploração.

Barbalho sugeriu que as receitas provenientes das atividades da Petrobras poderiam ser a principal fonte de financiamento para a transição energética brasileira, visando a menor dependência de combustíveis fósseis.

Plataforma de petróleo em alto mar, representando a exploração de petróleo na Margem Equatorial.
Exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira é tema de debate.

Obras para a COP-30 em Belém Prontas

O governador Helder Barbalho também comentou sobre os preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que ocorrerá em Belém de 10 a 21 de novembro. Ele afirmou que as 30 obras estratégicas planejadas para a cidade e o estado estão concluídas.

Barbalho mencionou o sucesso do Círio de Nazaré como um teste importante para a logística da COP-30, incluindo hotelaria, transporte e macrodrenagem. Ele ressaltou o aumento significativo na capacidade hoteleira, de 12 mil para 53 mil leitos, e a fiscalização de abusos de preços para garantir o Acesso à hospedagem.

O governador acredita que Belém se tornará um centro crucial para o financiamento climático e a definição de ambições ambientais globais, especialmente no atual cenário das mudanças climáticas, prometendo uma COP focada em implementação. Ele também destacou a alta participação de delegados estrangeiros, com 67 mil inscritos de 184 países, projetando a credenciamento de todas as nações até o início do evento, superando a participação em conferências anteriores.

Fonte: Estadão

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