Petróleo sobe 5% com sanções dos EUA contra Rússia; veja impacto

Petróleo WTI e Brent sobem mais de 5% após sanções dos EUA e UE contra a Rússia. Analistas divergem sobre impacto na oferta global em 2026. Saiba mais.

O petróleo registrou alta superior a 5% nesta quinta-feira, 23, impulsionado pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos, que ampliaram restrições à compra de petróleo russo na tentativa de alcançar um cessar-fogo na Ucrânia. Washington sancionou as duas maiores petrolíferas da Rússia, o que, segundo analistas, reacende as esperanças de um Déficit na oferta global em 2026.

O barril de petróleo WTI, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), para dezembro, encerrou o dia com ganhos de 5,62%, a US$ 61,79. Já o Brent, comercializado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE) para o mesmo mês, avançou 5,43%, atingindo US$ 65,99. Ambos os contratos alcançaram seus níveis mais altos em duas semanas durante a sessão de negociações.

Sanções Intensificam Restrições ao Petróleo Russo

A União Europeia apresentou um novo pacote de sanções focado em combater a chamada “frota fantasma” de petroleiros russos e o comércio de gás natural. Essa medida surge um dia após os EUA implementarem sanções contra a Rosneft e a Lukoil, duas das maiores empresas de energia da Rússia. Os aliados ocidentais afirmam que o objetivo é pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a retornar às negociações de paz na Ucrânia.

Gráfico mostrando a cotação do petróleo Brent e WTI.
Cotações do petróleo Brent e WTI em alta após anúncio de sanções.

Repercussões na China e Análises de Mercado

A China, impactada pelas ações ocidentais, ameaçou reagir para defender seus “direitos legítimos”. Relatos indicam que estatais chinesas já começaram a suspender a compra de petróleo russo, segundo a Reuters.

Para a Capital Economics, as sanções americanas podem ter um impacto significativo, com potencial para reverter o Mercado global de petróleo rumo a um déficit de oferta em 2026. No entanto, a duração e a efetividade dessas restrições ainda são pontos de incerteza.

O economista Robin Brooks, do Instituto Brookings, expressou ceticismo, lembrando que rodadas anteriores de sanções contra a Rússia não resultaram em aumentos sustentados nos preços do petróleo, mesmo com cortes na produção da OPEP+. Ele acredita que as novas restrições também podem não ter um efeito duradouro.

OPEC Pronta para Ajustar Produção

O ministro de Petróleo do Kuwait, Tariq Al-Roumi, declarou que a OPEP está preparada para aumentar a produção da commodity, caso seja necessário, para suprir uma eventual escassez no mercado decorrente das sanções americanas contra a Rússia.

Gráfico do Ibovespa mostrando sua performance.
Desempenho da bolsa brasileira influenciado por movimentos globais.

O preço do barril de petróleo é um indicador crucial para a economia global e pode impactar diretamente empresas como a Petrobras, afetando seus resultados financeiros e estratégias de investimento.

Fonte: InfoMoney

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