Preço do Petróleo: Alta Diária vs. Queda Mensal em Outubro

O preço do petróleo encerrou o dia 31 de outubro em alta, impulsionado por rumores de um possível ataque dos Estados Unidos contra a Venezuela. No entanto, o mês de outubro terminou com perdas de aproximadamente 2%, refletindo a incerteza do mercado entre o alívio nas tensões comerciais EUA-China e os receios de um aumento na oferta pela OPEP+.

Contexto da Oferta e Demanda de Petróleo

O petróleo WTI para dezembro registrou alta de 0,68% (US$ 0,41), fechando a US$ 60,98 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). Em Londres, o Brent para janeiro avançou 0,62% (US$ 0,40), a US$ 64,77 o barril na Intercontinental Exchange (ICE). Apesar da alta diária, o WTI e o Brent recuaram 0,84% e 0,66% na semana, respectivamente. No acumulado mensal, as perdas foram de 2,23% para o WTI e 1,91% para o Brent.

Preocupações com Excesso de Oferta e Geopolítica

A OPEP+, organização que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, deve se reunir em breve, e o Mercado já precifica um possível aumento modesto na produção de 137 mil barris por dia em dezembro. Contudo, a preocupação com o excesso de oferta global persiste. Segundo o ANZ, a China pode aumentar suas compras de petróleo e gás dos EUA como parte do acordo comercial, o que impacta a dinâmica da oferta, especialmente a russa.

A consultoria Rystad Energy observa que prêmios de risco ainda estão presentes no mercado, com a produção russa no centro das atenções. A Rystad elevou sua projeção para o preço do Brent no quarto trimestre de US$ 62 para US$ 63 o barril, citando a persistência de tensões geopolíticas.

Tensões Geopolíticas e Declarações de Trump

Especulações sobre potenciais ataques do Governo de Donald Trump contra alvos ligados ao narcotráfico na Venezuela adicionaram um elemento de risco geopolítico, sustentando temporariamente os preços do petróleo. No entanto, o próprio Trump negou estar considerando ataques diretos na Venezuela, embora tenha reafirmado a possibilidade de os EUA retomarem testes nucleares.

O cenário de incertezas, com conflitos geopolíticos e a dinâmica de oferta da OPEP+, mantém o mercado de petróleo em alerta. A redução da dependência de fornecedores específicos e a busca por estabilidade na produção continuam sendo pontos cruciais para os analistas de mercado, que monitoram de perto os desdobramentos políticos e econômicos globais.

Fonte: InfoMoney