Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (22), estendendo os ganhos da sessão anterior. A valorização foi impulsionada pela queda dos estoques nos Estados Unidos e pelos planos do Departamento de Energia (DoE) de recompor parcialmente a reserva estratégica de petróleo do país. Notícias sobre a redução das compras de petróleo russo pela Índia também sustentaram os preços.
Estoques nos EUA e Reserva Estratégica
O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 2,20%, cotado a US$ 58,50 o barril. Já o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 2,07%, a US$ 62,59 o barril. Segundo o ANZ Research, os preços do petróleo recebem apoio dos planos do DoE para aumentar as reservas, que atualmente estão 60% cheias. Estima-se que as compras americanas cheguem a cerca de 3 milhões de barris, com base nos preços atuais.
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A valorização ganhou força após o DoE informar uma queda inesperada nos estoques na semana passada. No entanto, para a corretora XS.com, a recuperação nos valores parece ser mais “psicológica do que uma mudança fundamental na direção do mercado”.
Impacto das Negociações Comerciais e da Índia
A análise da XS.com ressalta que os traders continuam cientes de que qualquer revés nas negociações comerciais ou nova escalada tarifária pode anular rapidamente esses ganhos. A notícia de que o Governo da Índia considera diminuir gradualmente as compras de petróleo de Moscou, visando concluir um acordo comercial com os EUA e reduzir tarifas, também deu fôlego para a commodity durante a sessão. Este ajuste nas compras indianas pode reconfigurar o mercado global de energia, com potenciais reflexos para a indústria do petróleo.
A dinâmica dos preços do petróleo é influenciada por diversos fatores, desde a oferta e demanda até decisões geopolíticas. A busca por um equilíbrio entre os Estados Unidos e outros grandes consumidores como a Índia, juntamente com a estabilidade do Mercado russo, molda o cenário para os próximos meses. Analistas monitoram de perto os próximos relatórios de estoques de petróleo e as movimentações estratégicas dos principais atores globais.
Fonte: InfoMoney