Petrobras: Produção recorde no 3T impulsiona projeções de dividendos

A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou dados de produção do terceiro trimestre de 2025 (3T25) que superaram as expectativas, atingindo um novo Recorde. As informações, divulgadas após o fechamento do mercado na sexta-feira, oferecem sinalizações positivas para o balanço financeiro da empresa, previsto para 6 de novembro.

Produção e Operações em Destaque

A produção total própria atingiu 3,1 milhões de barris de óleo equivalente (boe) por dia no 3T25, um crescimento de 7,6% em relação ao trimestre anterior e de 16,9% anualmente. Este desempenho foi impulsionado pela capacidade máxima do FPSO Almirante Tamandaré no campo de Búzios e pelo desenvolvimento da produção em novas unidades como Maria Quitéria, Anita Garibaldi, Anna Nery e Alexandre de Gusmão.

No setor de refino, o fator de utilização alcançou 94%, com um aumento de 5,3% nas vendas internas de derivados no trimestre. O diesel S-10, em particular, respondeu por 68% das vendas totais e registrou um Recorde histórico.

Análises e Projeções de Mercado

Analistas de Mercado veem os dados de produção da Petrobras de forma positiva. A Genial Investimentos destaca que a empresa está a caminho de superar o guidance de produção anual, o que é especialmente relevante diante dos preços do Brent. O JPMorgan reforça o pré-sal como principal motor de crescimento da Petrobras, confirmando a tese de que a produtividade dessa região continua sendo crucial para a criação de valor.

A XP Investimentos também observou um aumento significativo na produção, alinhado com suas estimativas. A casa de análise, no entanto, ajustou suas premissas para o preço do Brent, prevendo US$ 65 por barril a partir do 4º trimestre de 2025, ante US$ 70 anteriormente. Essa revisão levou a XP a estabelecer um novo preço-alvo de R$ 37 por ação para o final de 2026, com recomendação de compra e projeção de dividendos atrativos.

Projeção de Dividendos e Resultados

Com a produção e vendas em linha com as expectativas, a XP projeta um EBITDA sequencialmente crescente para o 3T25, atingindo cerca de US$ 11,4 bilhões. O Lucro líquido esperado é de US$ 4,4 bilhões, com um fluxo de caixa ao acionista (FCFE) de aproximadamente US$ 2,6 bilhões, resultando em dividendos de cerca de US$ 2,2 bilhões.

O Itaú BBA considera a Petrobras um destaque na temporada de resultados, com um excelente desempenho operacional que, aliado a preços do petróleo ligeiramente mais altos, corrobora as estimativas de EBITDA de US$ 11,6 bilhões e um dividend yield de 3,1%. O Bradesco BBI também acredita que a empresa entregará um EBITDA acima de US$ 11 bilhões e dividendos em torno de US$ 2 bilhões.

Fonte: InfoMoney