Petrobras (PETR4): Balanço do 3º Tri e Vale a Pena Comprar Agora?

A Petrobras (PETR4) terá sua performance sob os holofotes nesta quinta-feira (06/11), com a divulgação de seu resultado referente ao 3º trimestre, logo após o fechamento do mercado. Estimativas de consenso apontam para uma Receita líquida de aproximadamente R$ 118,6 bilhões e um EBITDA ajustado projetado em R$ 57,4 bilhões, resultando em uma margem EBITDA de 48,4%. O lucro líquido esperado gira em torno de R$ 19,6 bilhões, com margem líquida de 16,5%. O período foi caracterizado por um aumento no volume de exportações e um cenário de preços internacionais do petróleo voláteis, mas relativamente estáveis, fatores que impactam diretamente a rentabilidade e a eficiência operacional da estatal.

Investidores estarão atentos não somente aos números, mas também à comunicação da gestão sobre a política de preços e o fluxo de dividendos, elementos cruciais para o desempenho recente das ações. A análise do balanço dirá se a companhia manterá alta geração de caixa diante de um cenário global incerto e das discussões internas sobre sua estratégia.

No campo Técnico, a PETR4 apresenta um período de indefinição. Após atingir sua máxima histórica de R$ 36,02, o papel retraiu até R$ 28,31, um suporte relevante. Desde então, as ações têm consolidado em um movimento lateral, indicando um equilíbrio entre forças de compra e venda.

A ação avançou 1,98% na última sessão, fechando a R$ 30,85, acumulando alta de 3,70% em novembro. Essa recuperação sugere uma tentativa de retomada, mas ainda sem confirmação de uma tendência de alta consistente. Para compreender o potencial de valorização das ações da Petrobras, é fundamental analisar os níveis de suporte e resistência.

Análise Técnica da Petrobras (PETR4)

O gráfico diário da PETR4 revela negociação dentro de uma faixa consolidada, com suporte em R$ 29,31 e resistência na região de R$ 31,45 a R$ 32,80. Essa congestão, que persiste por semanas, reflete uma alternância no controle entre compradores e vendedores.

O recente fluxo comprador a partir de R$ 29,31 permitiu que o ativo retomasse médias móveis de curto prazo, sinalizando melhora no viés de curto prazo. O Índice de Força Relativa (IFR) em 14 períodos está em 58,60, indicando zona neutra.

Para que a Petrobras consolide um movimento de retomada, é necessário romper R$ 31,01 e, de forma mais robusta, superar a média de 200 períodos em R$ 31,45. Um rompimento efetivo abriria caminho para os alvos em R$ 32,80, R$ 33,82, R$ 35,38 e, em seguida, a máxima histórica de R$ 36,02.

Em contrapartida, a perda de R$ 30,00 e o retorno abaixo de R$ 29,31 reativariam o cenário vendedor, com suportes subsequentes em R$ 28,31, R$ 26,90, R$ 25,67 e R$ 25,00.

Análise de Médio Prazo

No gráfico semanal, o cenário corrobora a leitura de lateralidade após a correção da máxima histórica. A estrutura permanece neutra, com o papel oscilando próximo às médias móveis, que atuam como barreiras dinâmicas ao avanço.

Para restabelecer uma clara tendência de alta, a Petrobras precisa romper de forma sustentada a região de R$ 32,80, o que poderia levar a empresa em direção a R$ 35,38 e, posteriormente, à máxima histórica de R$ 36,02.

Contudo, a perda de R$ 29,15 e, especialmente, de R$ 28,31, reativaria o movimento de baixa, com alvos em R$ 26,91, R$ 25,09, R$ 23,89 e R$ 21,20.

O IFR (14) em 50,07 reforça a neutralidade do Mercado, que aguarda um catalisador direcional.

Suportes e Resistências da PETR4

Considerando o fechamento em R$ 30,85 em 05/11:

• Suportes de curto prazo: R$ 30,00 (1), R$ 29,31 (2) e R$ 28,31 (3).
• Resistências de curto prazo: R$ 31,01 (1), R$ 31,45 (2) e R$ 32,80 (3).
• Suportes de médio prazo: R$ 29,15 (1), R$ 28,31 (2) e R$ 26,91 (3).
• Resistências de médio prazo: R$ 32,80 (1), R$ 35,38 (2) e R$ 36,02 (3).

A análise técnica sugere que a decisão de compra ou venda de PETR4 neste momento requer cautela, aguardando a definição do rompimento de resistências chave ou a confirmação da perda de suportes importantes. A política de dividendos e a comunicação da gestão sobre o futuro da empresa continuarão sendo fatores determinantes para o sentimento do mercado.

Fonte: InfoMoney