O combate à pedofilia na internet enfrenta o desafio da atuação pulverizada dos abusadores, que não formam organizações criminosas e carecem de um perfil único. A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (8) uma operação nacional para identificar e prender criminosos envolvidos em crimes de abuso sexual de Crianças e adolescentes, principalmente pela internet.
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Desafio em Definir o Perfil do Abusador
Em Entrevista ao Conexão GloboNews, a chefe da Coordenação de Combate ao Abuso Infantil da Polícia Federal, Rafaella Parca, destacou a dificuldade em traçar um perfil desses criminosos. “Não existe um perfil, os abusadores são de todas as idades, de adolescentes a idosos; são de todas as classes sociais, são de todas as profissões. É muito difícil traçar um perfil”, explicou. A única característica marcante e recorrente é o gênero: a maioria dos alvos são homens, como evidenciado na operação em questão, onde todos os suspeitos eram do sexo masculino.
Métodos de Aliciamento e Crueldade do Abuso
Rafaella Parca detalhou as Táticas empregadas pelos abusadores, que incluem o aliciamento de crianças e adolescentes nas redes sociais, bem como a exploração de fotos já existentes para troca de material de cunho sexual. O material encontrado com os criminosos é perturbador, muitas vezes produzido mediante ameaças e estupros virtuais. “Esses materiais encontrados com os pedófilos são produzidos por meio de aliciamento online, estupros virtuais, que são fotos que eles conseguem de crianças mediante ameaças. A gente se depara com materiais cruéis envolvendo fotos de bebês, são matérias de teor muito difícil de lidar”, declarou Parca. 
A Necessidade de Atuação Integrada e Policial
Diante da vastidão da internet e da atuação isolada de milhares de abusadores, a delegada enfatiza que a única solução eficaz é a atuação integrada das polícias. A operação realizada é um exemplo do sucesso dessa estratégia. “A gente não tem organizações criminosas, a gente tem criminosos isolados e que se comunicam para trocar material. Eles não atuam de maneira concatenada. Essa pulverização dificulta muito o trabalho da polícia. A operação mostra o sucesso da estratégia que é atuar com as outras forças policiais, ninguém consegue resolver o problema sozinho”, concluiu Parca. A ação reforça a importância de denúncias e da cooperação entre as forças de segurança para coibir crimes contra crianças e adolescentes no ambiente digital.
Para mais informações sobre segurança digital e combate a crimes online, consulte as orientações da segurança digital e os esforços do Governo em prol da proteção infantil.
Fonte: G1
