Hugo Motta prioriza PEC Segurança Pública e PL Antifacção este ano

Hugo Motta, presidente da Câmara, prioriza votação da PEC da Segurança Pública e PL Antifacção para este ano, visando combater o crime organizado.
PEC da Segurança Pública — foto ilustrativa PEC da Segurança Pública — foto ilustrativa

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta sexta-feira sua intenção de finalizar o ano com a votação da PEC da Segurança Pública e dar prioridade ao projeto do governo contra as facções criminosas. A declaração foi feita em Entrevista à GloboNews.

Andamento da PEC da Segurança Pública

Segundo Motta, o relatório da PEC será analisado pela comissão especial em 4 de dezembro e, subsequentemente, encaminhado ao plenário. “Ontem convoquei o relator e o presidente da comissão para cobrar agilidade. Vamos pautar imediatamente após a votação na comissão”, afirmou o presidente da Câmara.

Projeto Antifacção e Combate ao Crime Organizado

O Ministério da Justiça, sob o comando de Ricardo Lewandowski, está elaborando um texto próprio sobre o tema, conhecido como projeto antifacção. A proposta visa endurecer as penas contra organizações criminosas e está em análise na Casa Civil, com expectativa de envio ao Congresso ainda nesta sexta-feira. Hugo Motta assegurou que a Câmara dará prioridade à análise da proposta governamental. “Estamos aguardando o envio desse PL. Falei ontem com o ministro Lewandowski. Nós não vamos recuar. Temos que ser firmes nesse enfrentamento, e isso requer coragem e desprendimento político”, declarou.

Debate sobre Equiparação de Facções a Terrorismo

O presidente da Câmara também abordou o projeto relatado por Guilherme Derrite (PL-SP), que propõe equiparar facções criminosas a organizações terroristas. Essa medida é uma bandeira da oposição e gera atrito com o Governo Lula, que argumenta que a legislação antiterrorismo foi concebida para crimes com motivações políticas, ideológicas ou religiosas, e sua ampliação poderia criminalizar manifestações sociais. “No que equipara as facções ao terrorismo, é preciso discutir soberania. Mas não dá para achar que vamos enfrentar o crime organizado sem radicalizar”, ponderou Motta, defendendo que a Câmara atue “sem viés ideológico” e com foco em “deixar o palanque de lado para garantir leis mais duras.”

Prevenção do Crime Organizado na Política

Motta também defendeu mudanças no sistema eleitoral para conter a expansão do crime organizado na política. Ele citou como alternativas o voto distrital misto e o voto em lista, modelos que, em sua visão, poderiam “preservar a política do financiamento criminoso.” “O crime organizado se infiltrou em várias camadas da sociedade brasileira, e é natural que, na política, essas organizações tentem camuflar seus interesses. Como nós blindamos isso? Enfrentando essas organizações e mantendo o diálogo com o Judiciário e o Executivo. Penso que é plenamente possível mudar para 2030. Se não fizermos isso, teremos parlamentares financiados pelo crime organizado. Se isso não for feito, teremos amanhã o presidente da Câmara financiado pelo crime”, alertou.

Relator da recondução do PGR no Senado, Paulo Gonet, em análise.
Relator da recondução do PGR no Senado, Paulo Gonet, em análise.
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, em discurso.
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, em discurso.

Fonte: InfoMoney

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade