O Goldman Sachs rebaixou a recomendação da adquirente PagBank (BDR: PAGS34) de compra para neutra. O banco analista financeiro prevê que os desafios ao TPV (Volume Total de Pagamentos) da companhia continuarão, com uma queda acentuada no crescimento e recuo de participação de Mercado desde o terceiro trimestre de 2024.
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Desafios Macroeconômicos e Projeções de Crescimento
O ambiente macroeconômico permanece desafiador, e o Goldman Sachs acredita que o crescimento mais lento ainda não foi totalmente precificado no valor das ações. As estimativas do banco apontam para um TPV 3% abaixo do consenso para 2025 e 2026, e um Lucro líquido 3% e 4% menor, respectivamente, nos mesmos anos.
Apesar das perspectivas, o Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para a Stone. A análise indica que o crescimento do TPV da Stone tem se mostrado mais resiliente. A empresa pode se beneficiar de potenciais vantagens de curto prazo com a venda anunciada da Linx (caso seja concretizada) e do crescimento de crédito no médio prazo. 
Expectativas para os Resultados do 3T25
O Goldman Sachs projeta uma contração de 5% ano a ano no crescimento do TPV da PagBank, reflexo da contínua deterioração entre pequenos comerciantes. Em contraste, espera-se um crescimento moderado na Stone, com aceleração para 9% ano a ano no trimestre. As taxas de intermediação (take-rates) devem permanecer estáveis para ambas as empresas no 3T25, com desaceleração no crescimento da receita com desconto de recebíveis.
O banco estima que o crescimento do lucro recorrente da Stone desacelere para 8% ano a ano (ante 24% no 2T25), enquanto o PagBank deve registrar uma queda de 1% ano a ano.
O Bradesco BBI projeta um lucro líquido de R$ 551 milhões para o PagBank no 3T25, ligeiramente abaixo do consenso de mercado. Para a Stone, o BBI prevê lucro líquido ajustado das operações continuadas em R$ 603 milhões. O banco ressalta a necessidade de cautela na comparação dos dados de reporte após ajustes feitos pela empresa no 2T25.
Valuation e Perspectivas de Longo Prazo
Ambas as empresas superaram o mercado no acumulado do ano, com PagBank registrando alta de 40% e Stone de 116%, em comparação com os 31% do Ibovespa. O Goldman Sachs observa que a diferença de valuation entre PagBank e Stone aumentou, com a PagBank negociando a 5,9 vezes o P/L estimado para 2026, enquanto a Stone negocia a 8,5 vezes. O banco considera esse desconto parcialmente justificado pela projeção de crescimento de lucros superior da Stone.
No entanto, o Goldman Sachs destaca o forte dividend yield estimado para a PagBank em 2026, de 10,8%, um dos mais altos em sua cobertura. Essa perspectiva de retorno total, embora inferior à média do setor, contribui para a recomendação neutra.
Fonte: InfoMoney
