Alcolumbre apoia Pacheco ao STF; Senador avalia candidatura em MG

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), manifestou entusiasmo com a possibilidade de seu colega Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ser indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, Pacheco enfrenta um dilema em relação à sua futura carreira política.

O desejo de Pacheco pelo STF e o obstáculo em Minas Gerais

Aliados de Pacheco indicam que ele não esconde o desejo de integrar o STF. A oportunidade surge com a Aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, a boa relação de Pacheco com o presidente Lula e o apoio do Senado, além de suas credenciais jurídicas.

A nomeação de Pacheco depende, contudo, da decisão de Lula sobre a disputa pelo Governo de Minas Gerais em 2026. O presidente já declarou que apoiará Pacheco se ele desejar ser candidato ao governo mineiro, estado crucial para a reeleição petista.

Fontes próximas a Pacheco revelam que ele ainda não decidiu se concorrerá ao governo de Minas. Ele sabe que o presidente Lula necessita de um palanque forte no estado, o segundo maior colégio eleitoral do país, para sua campanha de reeleição. Recentemente, Pacheco afirmou que fará o que o presidente Lula desejar.

Desafios eleitorais e o apoio de Alcolumbre

A perspectiva para as eleições em Minas Gerais não é animadora. Nomes como o do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e da prefeita Marília Campos (PT), de Contagem, são considerados com poucas chances de Vitória contra os candidatos de direita, como Cleitinho (Republicanos) e Matheus Simões (Novo).

Em contrapartida, no Senado, Alcolumbre demonstra Confiança em viabilizar a indicação de Pacheco para o STF. Dias antes do anúncio de Barroso, Alcolumbre teria dito a colegas que trabalhará para que Pacheco receba o maior número de votos possível na sabatina do Senado, brincando que apenas um senador seria contra.

Avaliação de cotados para o STF e o perfil de Pacheco

Alcolumbre avalia que Pacheco possui maior apoio em comparação a outros cotados para a vaga, como o ministro da AGU, Jorge Messias, o ministro do TCU, Bruno Dantas, e o controlador-geral da União, Vinicius de Carvalho. Ele destaca o perfil moderador de Pacheco como um trunfo para o Supremo e outras instituições.

Alcolumbre também sugere que o eleitorado mineiro pode ter se desgastado com Pacheco por sua Defesa da democracia e enfrentamento a Jair Bolsonaro, o que tornaria legítima uma recompensa com uma vaga no STF.

Apoio de ministros do STF e a decisão de Barroso

Rodrigo Pacheco conta também com o apoio de ministros do STF, como Gilmar Mendes, que declarou publicamente que escolheria Pacheco se pudesse, ressaltando que a Corte necessita de pessoas corajosas e juridicamente preparadas.

Pacheco possui proximidade com o ministro Alexandre de Moraes e foi elogiado pela ministra Cármen Lúcia em 2023. O senador não comentou as especulações sobre seu nome.

Luís Roberto Barroso anunciou a antecipação de sua aposentadoria, liberando a vaga no STF. Embora pudesse permanecer até 2033, o ministro expressou o desejo de seguir outros rumos e viver a vida com menos exposição pública.

Fonte: Folha de S.Paulo