Ouro fechou em alta e renovou máximas nesta terça-feira (14), impulsionado pelo tom mais flexível do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Investidores aguardam um possível novo corte de juros em outubro e o fim da redução do balanço patrimonial.
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Fed Próximo do Fim da Redução do Balanço
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos futuros de ouro com entrega em dezembro encerraram o dia com alta de 0,74%, cotados a US$ 4.163,4 por onça-troy.
Powell indicou que o Fed pode estar se aproximando do fim da redução do tamanho de seu balanço, que atingiu seu pico em meados de 2022. A interrupção do processo conhecido como “quantitative tightening” (QT) diminuiria o efeito altista dos juros nos Treasuries, tornando o ouro mais atrativo para investidores.
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Política Monetária e Crises Fiscais em Destaque
Em relação à política monetária, Powell observou que não houve grandes alterações no balanço de riscos desde a reunião de setembro, quando o Fed iniciou a flexibilização monetária. Ele reiterou, contudo, que a trajetória da política monetária não é predeterminada e que o banco central americano não segue um caminho livre de riscos.
A desvalorização de moedas de países do G10, em decorrência das crises fiscais em economias desenvolvidas, também é um fator que sustenta a valorização do ouro, mantendo os investidores atentos a essa dinâmica.
Impacto no Mercado e Expectativas Futuras
A sinalização de Powell sugere um cenário de juros mais baixos, o que historicamente beneficia o ouro, considerado um ativo de refúgio em tempos de incerteza econômica e inflação. Analistas de Mercado esperam que o Fed continue com sua postura acomodatícia para evitar uma desaceleração econômica mais severa.
A decisão do Fed de interromper ou desacelerar a redução de seu balanço patrimonial, combinada com uma potencial pausa nos aumentos de juros, pode fortalecer ainda mais o ouro nas próximas semanas. Acompanharemos de perto os próximos comunicados do Federal Reserve para entender o direcionamento futuro da política monetária.
Fonte: Valor Econômico