O ouro atingiu uma nova máxima histórica nesta quarta-feira (8), superando a marca de US$ 4 mil por onça-troy, impulsionado por um cenário global de incertezas políticas e fiscais. O metal precioso, um refúgio seguro tradicional, acumula uma valorização superior a 5% somente neste mês de outubro.
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Contrato Futuro de Ouro Alcança Novo Patamar
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato futuro de ouro com vencimento para dezembro fechou em alta de 1,65%, cotado a US$ 4.070,50 por onça-troy. Esse desempenho consolida o ouro acima do patamar psicologicamente importante de US$ 4 mil.
Perspectivas e Fatores que Impulsionam o Metal Amarelo
A consultoria britânica Capital Economics prevê que os preços do ouro continuarão em trajetória de alta, embora o ritmo de valorização possa desacelerar à medida que os principais impulsionadores do metal enfraquecem. A consultoria aponta para uma mudança significativa nos fluxos de investimento.
Historicamente, investidores chineses e os bancos centrais foram pilares na sustentação da alta do ouro. No entanto, dados do World Gold Council, divulgados pela Capital Economics, indicam que investidores norte-americanos foram responsáveis por cerca de 60% do fluxo mensal Recorde para ETFs (Exchange Traded Funds) lastreados em ouro em setembro. Essa demanda ocidental tem assumido a liderança.
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Mudança na Psicologia do Investidor e Fluxos Globais
Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank, sugere que o valor do ouro acima de US$ 4 mil transcende as expectativas de juros e de um dólar mais fraco. Ele aponta para uma mudança mais profunda na psicologia dos investidores e nos fluxos globais de capital. Hansen destacou que o avanço do ouro, ao romper decisivamente os US$ 4 mil na Ásia, desafiou a recuperação do dólar e a cautela do Federal Reserve em relação aos futuros cortes de juros.
Este cenário de alta do ouro se alinha com outras notícias de instabilidade em mercados emergentes, como a Luta do Tesouro da Argentina para conter a queda do peso, após queimar US$ 1,6 bilhão em seis dias. A busca por ativos de refúgio seguro como o ouro é uma resposta natural a esses eventos.
Fonte: Valor Econômico
