O ouro encerrou a sessão desta quarta-feira (22) em nova queda, atingindo o valor mais baixo em quase duas semanas. O metal precioso segue pressionado, conforme investidores realizam lucros e aguardam dados cruciais de inflação dos Estados Unidos, além de acompanharem desdobramentos na relação comercial entre os EUA e a China.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro encerrou em queda de 1,06%, a US$ 4.065,4 por onça-troy. O metal chegou a cair quase 2% no começo da tarde, mas reduziu as perdas no fim da sessão.
Realização de Lucros Pressiona Ouro
Analistas do ING apontam que a queda é motivada pela realização de lucros de investidores, que demonstravam receio com a sustentabilidade da tendência de alta. Apesar disso, o Deutsche Bank pondera que o metal continua em curso para o melhor ano desde 1979, impulsionado pela crise causada pela Revolução Iraniana.
Com as baixas recentes, o índice de volatilidade do ouro disparou em outubro, atingindo o nível mais alto desde março de 2022, segundo a Swissquote. A possibilidade de novas correções de preço a curto prazo é real, contudo, o banco indica que o metal não deve perder seu status de ativo de segurança, sustentado por tensões comerciais, geopolíticas e preocupações com a inflação.
Cenário Externo Molda o Preço do Ouro
Nos Estados Unidos, dados cruciais do índice de preços ao consumidor (CPI) devem ser publicados nesta sexta-feira, 24. A divulgação ocorre apesar da paralisação do Governo americano completar 22 dias. Investidores também aguardam novidades na relação comercial entre EUA e China. Informações da Reuters indicam que o país norte-americano considera restringir exportações baseadas em softwares, adicionando incerteza ao Mercado.
A prata também sofreu com o cenário, caindo 0,05%, a US$ 47,68 por onça-troy, após uma retração de mais de 7% na terça-feira.
Fonte: InfoMoney
