Ouro dispara para US$ 4.100: entenda o impacto das tensões EUA-China e juros

Ouro bate recorde de US$ 4.100 com tensões EUA-China e cortes de juros do Fed. Prata também sobe. Entenda o impacto no mercado.
preço do ouro — foto ilustrativa preço do ouro — foto ilustrativa

O ouro ultrapassou a marca de US$ 4.100 a onça pela primeira vez, atingindo outro Recorde nesta segunda-feira. O movimento é impulsionado pelas novas tensões comerciais entre EUA e China e pelas expectativas de cortes de juros pelo Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos). A prata também registrou uma alta histórica, refletindo o otimismo do Mercado.

O ouro à vista subia 2,4%, para US$ 4.114,31 a onça, após alcançar o pico de US$ 4.116,77. O contrato futuro de ouro nos EUA para entrega em dezembro avançava 3,3%, cotado a US$ 4.133,90.

O metal precioso acumula uma valorização de 56% neste ano. Atingiu a marca de US$ 4.000 pela primeira vez na semana passada, impulsionado por uma combinação de incertezas geopolíticas e econômicas, a perspectiva de redução das taxas de juros nos EUA e compras significativas por parte de bancos centrais.

Gráfico do preço do ouro atingindo recorde histórico de US$ 4.100
Ouro atinge novo recorde histórico impulsionado por fatores globais.

Perspectivas para o Ouro: Preços acima de US$ 5.000?

Phillip Streible, estrategista-chefe de mercado da Blue Line Futures, acredita que o ouro pode continuar sua trajetória ascendente, com projeções de preços acima de US$ 5.000 até o final de 2026. Ele destaca que as compras constantes de bancos centrais, entradas firmes em ETFs, as tensões comerciais EUA-China e a perspectiva de taxas de juros mais baixas nos EUA fornecem um suporte estrutural robusto para o mercado.

Símbolo do Federal Reserve (Fed) com moedas de ouro ao redor.
Cortes na taxa de juros do Fed apoiam a valorização do ouro.

Impacto Geopolítico e Juros: Uma Combinação Perfeita

No cenário geopolítico, o presidente dos EUA, Donald Trump, reacendeu as tensões comerciais com a China na última sexta-feira, encerrando uma trégua entre as duas maiores economias do mundo. Esse aumento da incerteza global favorece o ouro como um ativo de refúgio.

Paralelamente, os investidores precificam uma probabilidade de 97% de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros do Federal Reserve em outubro, com 100% de chance em dezembro. O ouro, um ativo sem rendimentos, tende a se beneficiar significativamente em ambientes de juros baixos, pois o custo de oportunidade de manter o metal precioso diminui.

Análises de Mercado: Ouro e Prata em Alta

Analistas de grandes instituições financeiras, como o Bank of America e o Société Générale, esperam que o ouro atinja US$ 5.000 em 2026. O Standard Chartered elevou sua previsão para uma média de US$ 4.488 no próximo ano. Suki Cooper, chefe global de pesquisa de commodities do Standard Chartered Bank, avalia que essa alta tem força, mas uma correção de curto prazo seria saudável para sustentar uma tendência de alta de longo prazo.

A prata à vista também registrou forte valorização, subindo 3,1% para US$51,82, e atingindo uma alta Recorde de US$52,07 no início da sessão. O metal branco é impulsionado pelos mesmos fatores que dão suporte ao ouro, mas também se beneficia da demanda industrial.

Fonte: Folha de S.Paulo

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