Oposição ganha fôlego com pauta de segurança e desafia Lula em 2026

Oposição ganha força na pauta de segurança pública, desafiando Lula em 2026. PEC da Segurança e CPIs são ferramentas contra o governo.
oposição brasileira ganha fôlego — foto ilustrativa oposição brasileira ganha fôlego — foto ilustrativa

A oposição brasileira encontrou um novo ânimo e uma bandeira forte para superar a dependência de Jair Bolsonaro e desafiar o favoritismo de Lula nas eleições de 2026. Após a recente operação policial no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes e dividiu opiniões, a direita agora aposta na bandeira da insegurança pública para se realinhar politicamente.

Crise de Segurança Pública: O Novo Campo de Batalha Político

O cenário político, já instável, foi abalado por essa nova dinâmica. O presidente Lula, que vinha apresentando uma trajetória eleitoral favorável, deve agora enfrentar obstáculos significativos no Congresso. A discussão sobre a segurança pública ofusca a pauta econômica, que era prioritária para o Governo, e se torna um terreno fértil para a atuação da direita.

PEC da Segurança e CPI: Ferramentas da Oposição

Há o risco de a PEC da Segurança Pública ser derrotada no Congresso até o fim de 2025, abrindo caminho para o ano eleitoral. Simultaneamente, a oposição promete comandar a CPI das organizações criminosas, com o objetivo de martelar a narrativa de que a esquerda “defende bandido”, é “contra a polícia” e “conivente com o tráfico”. Essa estratégia visa explorar a percepção pública de que o governo atual é vulnerável na área de segurança.

Ricardo Lewandowski e a PEC da Segurança Pública

O ministro Ricardo Lewandowski tem defendido a PEC da Segurança Pública desde o início de sua gestão, com o intuito de fortalecer a atuação federal contra o crime organizado e aprimorar o compartilhamento de informações entre União, Estados e municípios. No entanto, governadores de oposição e o relator da PEC na Câmara, deputado Mendonça Filho (UB-PE), expressam preocupações. Eles argumentam que a proposta concentra o comando da segurança pública em Brasília e necessita de “mudanças profundas”. Com uma base de apoio considerada precária no Congresso e uma forte demanda por ações enérgicas contra a violência, a PEC pode sofrer transformações significativas.

A Estratégia da Oposição no Congresso e na CPI

Enquanto a PEC da Segurança Pública tramita, a oposição, articulada por figuras como Davi Alcolumbre, presidente do Senado, já deu início à CPI. A expectativa é que nomes como Flávio Bolsonaro e Sérgio Moro participem ativamente, focando em expor a escalada da violência como uma falha coletiva, mas direcionando a crítica ao governo em exercício. A verdade factual sobre a responsabilidade histórica na crise de segurança, que abrange décadas de governos de esquerda e direita, parece ser secundária diante do objetivo político de capitalizar a insatisfação popular.

O Dilema do Governo Lula

Os governadores que apoiaram a recente operação policial no Rio de Janeiro formaram um consórcio que se apresenta como “da paz”, mas que pode ter implicações significativas para o cenário eleitoral de 2026. Nesse contexto, a direita busca se consolidar sem a figura de Bolsonaro, encontrando seu próprio caminho. O governo Lula enfrenta o dilema de como conciliar seu discurso histórico com a posição majoritária do eleitorado, que demonstra grande preocupação com a segurança pública, uma área explosiva e prioritária.

Fonte: Estadão

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