Operação RJ: Doca não é preso em ação letal com 120 mortos

Megaoperação no RJ não prende Doca da Penha e causa mais de 120 mortes. Secretário de Segurança detalha dificuldades e balanço da ação letal.
Doca da Penha — foto ilustrativa Doca da Penha — foto ilustrativa

O Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, confirmou que Edgar Alves Andrade, conhecido como Doca da Penha ou Urso, uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV), não foi capturado durante a megaoperação realizada nos Complexos do Alemão e da Penha. A ação resultou em um número Recorde de 120 mortes, tornando-se a operação mais letal da história do estado.

Imagens da megaoperação policial no Rio de Janeiro, mostrando a presença de policiais e equipamentos.
Megaoperação policial no Rio de Janeiro.

Em Entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, Santos explicou a dificuldade em prender Doca: “Ele bota os soldados como mais uma barreira para poder facilitar a sua prisão, a gente tem toda essa dificuldade”. O governo estadual oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à sua captura, e há 20 mandados de prisão em aberto contra ele. Doca é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos.

Contexto da Falta de Captura de Doca e Histórico

Nascido na Paraíba e criado na Vila Cruzeiro, Doca da Penha é um fugitivo do sistema carcerário com um longo histórico de crimes. Em outubro de 2023, foi apontado como mandante da execução de três médicos na Barra da Tijuca. A operação, que visava desarticular o Comando Vermelho, resultou em 113 prisões, com 33 detidos de outros estados como Amazonas, Ceará, Pará e Pernambuco.

Dificuldades na Identificação das Vítimas e Apoio Federal

O secretário Victor santos também relatou que o governo ainda não possui a identidade de todas as 120 pessoas mortas na operação, com dados em processo de consolidação. A identificação das vítimas requer reconhecimento familiar, um processo que não é rápido. Ele não pôde confirmar quantos dos presos ou mortos estavam incluídos nos mandados de prisão emitidos.

Santos esclareceu uma “confusão” sobre o apoio federal, indicando que o Ministério da Defesa negou o envio de blindados, e não o Ministério da Justiça ou a Polícia Federal. Ele ressaltou a boa integração e a troca diária de informações entre as polícias do Rio e a Superintendência da Polícia Federal no estado, destacando que a operação foi planejada há mais de 60 dias com comunicação constante.

Balanço da Operação Mais Letal do RJ

O balanço oficial divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro confirmou 117 suspeitos e 4 policiais mortos, totalizando 121 vítimas. Inicialmente, o governo havia informado 64 mortos, com 4 policiais. Em uma coletiva posterior, o número foi atualizado para 58 mortos (54 criminosos), e posteriormente para 117 suspeitos e 4 policiais. Moradores relataram ter encontrado cerca de 74 corpos na mata, que foram levados a uma praça na Penha, com o secretário da Polícia Civil mencionando 63 corpos encontrados na mata. Uma perícia será realizada para verificar a relação dessas mortes com a operação.

Fonte: G1

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade