Operação no RJ: Subsecretário critica resultado ‘ínfimo’ contra Comando Vermelho

Subsecretário do RJ diz no Congresso que operação contra o Comando Vermelho teve resultado ‘ínfimo’. Entenda a crítica à efetividade.
Comando Vermelho — foto ilustrativa Comando Vermelho — foto ilustrativa

O subsecretário de Inteligência da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Daniel Ferreira de Souza, declarou em audiência no Congresso Nacional que a recente operação policial, que resultou em 121 mortes, teve um impacto considerado “ínfimo” diante do poder do Comando Vermelho e outras facções criminosas no estado.

A declaração foi feita durante uma audiência pública da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), focada na discussão do avanço das organizações criminosas, sua transnacionalidade e os impactos na segurança pública e nas atividades de inteligência no Brasil.

“Aquela grande operação teve um resultado impressionante às vistas dos números, mas ainda assim foi algo ínfimo dentro do poder do Comando Vermelho e das outras facções na estrutura do Rio de Janeiro“, afirmou o subsecretário. Ele ressaltou que, apesar de não resolver o problema da criminalidade, a ação teve um valor simbólico.

Operação Contenção: O Contexto da Ação

A Operação Contenção, realizada na terça-feira (28), foi coordenada pelas forças de segurança do Rio e teve como alvo principal o Comando Vermelho. A ação, notabilizada como a mais letal da história do estado, culminou em 121 mortos, 18 feridos e 113 prisões. Dentre os óbitos, quatro eram agentes de segurança (dois militares e dois civis). O Governo estadual informou a apreensão de 91 fuzis e outras armas.

Mais de 2,5 mil agentes participaram da operação, que visava cumprir cerca de 100 mandados de Prisão nos complexos do Alemão e da Penha. Durante a ação, traficantes reagiram com tiros e barricadas, com relatos do uso de drones por criminosos para lançar explosivos contra os agentes.

Críticas à Efetividade da Operação

Durante a sessão no Congresso, o delegado da Polícia Federal Leandro Almada, chefe da Diretoria de Inteligência Policial (DIP), questionou a efetividade da operação sob a perspectiva dos moradores locais. “O problema é que o Estado não precisa entrar, mas estar. O que mudou efetivamente para o cidadão que mora lá?”, indagou Almada. Ele também criticou a classificação do evento como um sucesso, lembrando as quatro mortes de policiais. “Eu não consigo tachar como um sucesso uma operação em que você teve quatro enterros no dia seguinte”, declarou.

Fonte: G1

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