Operação Overclean: PF mira fraudes em licitações e prende 2 em nova fase

PF deflagra 8ª fase da Operação Overclean em SP, TO e DF, visando fraudes em licitações e desvio de verbas públicas. Duas prisões efetuadas.
Operação Overclean — foto ilustrativa Operação Overclean — foto ilustrativa

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (31), a oitava fase da Operação Overclean, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

A investigação aponta que os alvos da operação teriam fraudado licitações no Tocantins. A suspeita da Polícia Federal é que eles recebiam ou intermediavam o recebimento de propina a partir do desvio de emendas parlamentares.

Policiais federais em ação durante a Operação Overclean.
Agentes da PF cumprem mandados em nova fase da Operação Overclean.

Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO). As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Duas prisões e nomes investigados

Duas pessoas foram presas em flagrante por suspeita de obstrução às investigações. São elas: Danilo Pinto da Silva e Éder Martins Fernandes, ex-secretário-executivo de Educação do Tocantins.

Entre os demais alvos da operação estão:

  • Claudinei Aparecido Quaresemin – ex-secretário extraordinário de Parcerias e Investimentos de Tocantins
  • Éder Martins Fernandes – ex-secretário-executivo de Educação de Tocantins
  • Itallo Moreira de Almeida – ex-diretor Secretaria Municipal de Educação de Goiânia
  • Luiz Cláudio Freire de Souza França – advogado e Secretário-geral do Podemos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.

Histórico da Operação Overclean

As duas últimas fases anteriores da operação miraram políticos da Bahia. Em 16 de outubro, o prefeito de Riacho de Santana, Dr. Joao Vítor (PSD), foi afastado do cargo. Já o prefeito de Wenceslau Guimarães, Gabriel de Parisio (MDB), foi preso por posse ilegal de arma de fogo.

Dois dias antes, em 14 de outubro, o deputado federal Dal Barreto (União Brasil) foi alvo da sexta fase. O político teve o celular apreendido no Aeroporto Internacional de Salvador. As suspeitas contra ele seriam de envolvimento com um dos alvos anteriores da operação.

A primeira fase da Operação Overclean foi deflagrada em dezembro de 2024 pela Polícia Federal. Na ocasião, 16 pessoas foram presas na Bahia, São Paulo e Goiás. Foram 59 mandados judiciais, com 25 cumpridos em Salvador. A organização criminosa investigada teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 825 milhões em contratos com órgãos públicos apenas em 2024. Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, e lavagem de dinheiro.

Fonte: G1

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