Crédito Imobiliário: Nova Regra Facilita Financiamento com Poupança

Descubra as mudanças no crédito imobiliário: limite de R$ 2,25 milhões no SFH e nova dinâmica para uso da poupança pelos bancos. Entenda o impacto.
novo modelo de crédito imobiliário — foto ilustrativa novo modelo de crédito imobiliário — foto ilustrativa

O Governo anunciou um novo modelo de crédito imobiliário que visa alterar a utilização dos recursos da poupança pelos bancos. A principal mudança se concentra na forma como os fundos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) são aplicados no financiamento da casa própria.

Atualmente, 65% dos recursos do SBPE são obrigatoriamente destinados ao crédito imobiliário. Com o novo modelo, o recolhimento compulsório, que hoje é de 20% e fica retido no Banco Central, cairá para 15% ainda este ano e zerará gradativamente em uma década. A parcela de recursos de uso livre pelos bancos também diminuirá até o mesmo patamar.

Como os bancos se adaptarão ao novo sistema?

Guilherme Mello, secretário da política econômica da Fazenda, explicou que o novo modelo busca potencializar a capacidade de geração de crédito imobiliário para a classe média. A ideia é que o funding primário do crédito venha dos bancos privados, captados no Mercado por meio de instrumentos como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário).

Quando o modelo estiver totalmente implementado, bancos que captarem R$ 1 milhão no mercado e o direcionarem para financiamento imobiliário poderão usar um valor equivalente captado na poupança — que possui custo mais baixo — para aplicações livres por um período de seis a sete anos. Contudo, 80% dos financiamentos habitacionais deverão seguir as regras do SFH, que limitam os juros a 12% ao ano.

Novo limite para financiamento no SFH

Uma das novidades mais significativas é o aumento do valor máximo do imóvel financiado no Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Anteriormente fixado em R$ 1,5 milhão, o teto agora é de R$ 2,25 milhões. Estatísticas da Caixa Econômica Federal indicam que cerca de 92% dos imóveis financiados pela instituição custam até R$ 1 milhão, sugerindo que a alteração impactará um nicho menor de mercado, mas com maior poder aquisitivo.

Cronograma de implementação

A expectativa é que o novo modelo de crédito imobiliário tenha vigência plena a partir de janeiro de 2027. A transição para as novas regras começará de forma gradual ainda neste ano, permitindo que instituições financeiras e o mercado se ajustem às mudanças.

Fonte: Valor Econômico

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