O governo federal lançou um novo modelo de crédito habitacional com foco na classe média, visando estimular o financiamento imobiliário e impulsionar a construção de moradias. O anúncio foi feito em uma cerimônia em São Paulo.

A medida principal consiste na elevação do valor máximo do imóvel a ser financiado dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Esse teto subirá de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, ampliando as possibilidades para compradores.
Meta do Governo: Ampliar Acesso ao Crédito Imobiliário
O objetivo central desta iniciativa é direcionar mais recursos para o financiamento de imóveis. Com isso, espera-se viabilizar a construção de um número maior de unidades habitacionais em todo o país.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, detalhou que o banco voltará a financiar até 80% do valor do imóvel através do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Anteriormente, desde novembro de 2024, o percentual máximo financiado era de 70%.
Público-Alvo e Limites de Renda
Este novo modelo de crédito atende especificamente a uma parcela da população que, até então, encontrava barreiras no Acesso ao crédito habitacional. Trata-se de famílias com renda superior a R$ 12 mil mensais, uma vez que aquelas com rendimentos até este patamar já são contempladas pelo programa Minha Casa Minha Vida.
Impacto em Financiamentos e Taxas de Juros
As alterações anunciadas prometem viabilizar o financiamento de 80 mil novos imóveis. As novas operações terão taxas de juros de até 12% ao ano, buscando tornar o crédito mais acessível.

Regra da Caderneta de Poupança e Crédito Imobiliário
Atualmente, 65% dos recursos captados pelos bancos por meio da caderneta de poupança são obrigatoriamente destinados ao crédito imobiliário. Contudo, a retirada de dinheiro da poupança nos últimos anos impactou negativamente o volume disponível para financiamentos.
Volume de Recursos e Vigência do Novo Modelo
Espera-se que o novo modelo de financiamento viabilize R$ 52,4 bilhões adicionais para o financiamento habitacional em seu primeiro ano de operação, quando comparado ao modelo atual. Desse montante, R$ 36,9 bilhões serão liberados imediatamente, totalizando R$ 111 bilhões em recursos disponíveis. A expectativa é que o novo modelo atinja sua plena vigência a partir de janeiro de 2027.
Fonte: G1