A gigante suíça do setor alimentício, Nestlé, anunciou uma drástica medida de corte de 16 mil empregos em todo o mundo. A decisão visa reduzir Custos e recuperar o desempenho financeiro da companhia, fabricante de produtos como Nescafé e Purina. Os cortes serão implementados ao longo dos próximos dois anos.
Meta de Redução de Custos Aumentada
Além da redução de pessoal, a Nestlé elevou sua meta de corte de custos para 3 bilhões de francos suíços (aproximadamente US$ 3,76 bilhões) até o final de 2025. Essa nova meta supera os 2,5 bilhões de francos suíços (US$ 3,13 bilhões) anteriormente planejados.
A empresa, sediada em Vevey, na Suíça, tem enfrentado um período de turbulência. Em julho, o CEO Laurent Freixe foi demitido após uma investigação sobre um relacionamento não divulgado com uma subordinada. Freixe estava no cargo há apenas um ano e foi substituído por Philipp Navratil, um executivo de longa data da companhia. Pouco depois, o presidente Paul Bulcke também renunciou antecipadamente.
Desafios Externos e Estratégias de Precificação
A Nestlé, assim como outras fabricantes de alimentos, lida com desafios externos significativos. O aumento dos custos de commodities e o impacto negativo das tarifas nos Estados Unidos têm pressionado as margens. Em julho, a empresa informou que conseguiu compensar os custos mais altos relacionados ao café e ao cacau por meio de aumentos de preços. Agora, a nova gestão busca otimizar ainda mais a estrutura da empresa.
A redução de 12 mil cargos administrativos em diversas localidades gerará uma economia anual estimada em 1 bilhão de francos suíços (US$ 1,25 bilhão) até o final do próximo ano. Outros 4 mil empregos serão cortados como parte de iniciativas de produtividade em andamento na cadeia de produção e fornecimento.
Adaptação Rápida às Mudanças de Mercado
“O mundo está mudando, e a Nestlé precisa mudar mais rápido”, afirmou Philipp Navratil em comunicado. A decisão reflete a necessidade da empresa em se adaptar rapidamente às novas realidades de Mercado e econômicas, buscando eficiência operacional para manter sua competitividade global. Analistas de mercado apontam que tais reestruturações são comuns em grandes corporações que buscam otimizar a alocação de recursos e focar em áreas de maior crescimento.
Fonte: Estadão