O que se viu no Rio de Janeiro, com operações nos complexos da Penha e do Alemão, transcende um simples confronto armado. É a demonstração clara do narcoativismo, uma tática do crime organizado que utiliza discurso político e ideológico para justificar a violência e pressionar o Estado.
Morte de Policiais: O Alto Preço da Omissão
Quatro policiais sacrificaram suas vidas em serviço: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho (Máskara), Rodrigo Velloso Cabral, Cleiton Serafim Gonçalves e Herbert. Dois eram do Bope e dois da Polícia Civil. Homens que enfrentaram facções criminosas que dominam territórios e impõem suas próprias leis.
Essas mortes não são ‘efeitos colaterais’. São o resultado direto da omissão, da inversão de valores e do enfraquecimento das forças de segurança, elementos centrais do narcoativismo.
A Tática do Narcoativismo e a Manipulação da Informação
A estratégia perversa do tráfico se alia ao discurso ideológico para minar a ação policial. Termos como “genocídio”, “Estado opressor” e “polícia que mata” são manipulados para criar uma narrativa onde o criminoso é visto como vítima e o policial como agressor. Essa inversão enfraquece o Estado Democrático de Direito, substituindo o debate jurídico por manipulação emocional.
O resultado é um ciclo vicioso: a criminalidade se fortalece, comunidades permanecem reféns e mais policiais perdem suas vidas. É inaceitável que o combate ao crime precise de justificação contínua, ou que a Defesa da vida seja relativizada com base em quem a vítima representa.
A Luta Constante da Polícia e o Alerta ao Brasil
Cada policial morto em operações no Rio representa mais do que uma estatística; são símbolos da falência moral de um país que, por vezes, romantiza o criminoso em detrimento do agente da lei. A omissão do Estado, disfarçada de discurso “humanitário”, torna-se cúmplice da violência. Enquanto narrativas distorcidas inflamam debates, a polícia mantém seu dever de proteger. Que o Brasil desperte para a gravidade do narcoativismo antes que o dever seja confundido com culpa e o criminoso seja glorificado.
Fonte: Estadão