A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) expressou preocupação com as recentes alterações nas regras da antecipação do saque-aniversário do FGTS. Segundo a entidade, as mudanças podem levar uma parte significativa dos trabalhadores brasileiros a ter Acesso a linhas de crédito com taxas de juros mais altas, ou até mesmo a ficar impossibilitado de obter crédito pessoal.
Impacto das Alterações nas Linhas de Crédito
Desde a implementação do programa, 70 instituições financeiras foram credenciadas para oferecer crédito consignado nessa modalidade, beneficiando cerca de 29 milhões de pessoas. A Febraban considera a limitação da antecipação a cinco ciclos como um ponto positivo. No entanto, outras mudanças, que visam coibir distorções, são vistas como substanciais e capazes de restringir o Acesso a uma linha de crédito com taxas de juros reduzidas em comparação a outras opções de crédito pessoal.
Pontos Críticos e Benefícios para o Trabalhador
Um dos aspectos mais criticados pela Febraban envolve as novas restrições: a limitação de uma operação por ano, um teto de R$ 500 por transação e a exigência de 90 dias após a adesão ao saque-aniversário para ter Acesso à antecipação. A entidade destaca que o saque-aniversário não só serve como uma fonte de renda complementar, mas também facilita a reinserção de muitos beneficiários no mercado de consumo, especialmente aqueles com dificuldades de acesso a crédito.
Perspectiva da Associação Brasileira de Bancos
A Associação Brasileira de Bancos (ABBC), representando instituições de menor porte, também acompanha de perto as deliberações do Conselho Curador do FGTS. A ABBC reconhece a importância dessa linha de crédito para o trabalhador, em particular para o público de menor renda, que frequentemente enfrenta restrições financeiras. A carteira de crédito consignado do FGTS movimenta aproximadamente R$ 70 bilhões e é conhecida por praticar algumas das taxas mais baixas do Mercado.
Diante do cenário, especialistas analisam os próximos passos e o impacto dessas medidas no Acesso ao crédito para milhões de brasileiros que dependem do FGTS.
Fonte: Valor Econômico