MPF reage e pede bloqueio de leilão de blocos de petróleo na Foz do Amazonas

MPF recorre para impedir leilão de blocos de petróleo na Foz do Amazonas e pede suspensão de licenciamento ambiental.
leilão de blocos na Foz do Amazonas — foto ilustrativa leilão de blocos na Foz do Amazonas — foto ilustrativa

O Ministério Público Federal (MPF) interpôs recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em uma tentativa de reverter a decisão da Justiça Federal que, anteriormente, negou o pedido para impedir a homologação do resultado final do leilão de 19 blocos na Bacia da Foz do Amazonas. O leilão foi realizado em junho pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

No recurso, o MPF solicita a proibição imediata de qualquer processo de Licenciamento ambiental conduzido pelo Ibama. O órgão argumenta que os contratos só deveriam ser formalizados após a conclusão de estudos cruciais como o Estudo de Impacto Climático (EIC), a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) e os Estudos de Componentes Indígenas, Quilombolas e de Povos e Comunidades Tradicionais (ECI/ECQ).

Navios em operações de petróleo na costa.
Navios em operações de petróleo na costa.

A ação do MPF ocorre na mesma semana em que a Petrobras obteve a licença do Ibama para iniciar a exploração do primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, uma região de grande interesse estratégico para a indústria petrolífera brasileira.

Proibição de Futuros Leilões

Adicionalmente, o MPF expressou, em seu recurso protocolado na sexta-feira, o pedido para que novos blocos localizados na Bacia da Foz do Amazonas sejam impedidos de serem incluídos em futuras rodadas de leilões. A intenção é garantir que todas as salvaguardas ambientais e sociais sejam cumpridas antes de qualquer nova exploração.

Impacto Ambiental e Jurídico

“A ausência dos estudos e da consulta na fase pré-licitatória é uma grave ofensa ao ordenamento jurídico e aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil”, declarou o MPF. A entidade reforça a necessidade de conformidade com normas ambientais e direitos de comunidades tradicionais, citando acordos internacionais.

Fonte: InfoMoney

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