O presidente Lula reuniu líderes do governo no Palácio do Planalto para traçar uma estratégia urgente e tentar a aprovação da medida provisória que eleva tributos. A MP, que substitui o decreto anterior que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), precisa ser votada até esta quarta-feira (8) para não perder a validade, representando um risco de ao menos R$ 17 bilhões no Orçamento do próximo ano.

Participaram do encontro os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), juntamente com os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), e o deputado José Guimarães (PT-CE). A aprovação da medida é vista pela equipe econômica como crucial para o fechamento do Orçamento de 2026, um ano eleitoral.
A medida provisória foi editada em junho e prevê o aumento de diversos impostos como parte da estratégia governamental para o reequilíbrio das contas públicas. O texto já havia passado por uma comissão especial na véspera da reunião.
Desafios da Oposição e Crise Partidária
Internamente, o governo avalia que a MP se tornou um palco de disputa para a oposição, que reluta em ceder espaço no orçamento do próximo ano. Paralelamente, o Planalto enfrenta uma crise com partidos aliados, como PP e União Brasil, que manifestam insatisfação mesmo com ministros indicados por eles ocupando pastas ministeriais.
O União Brasil, por exemplo, está insatisfeito com a permanência do ministro Celso Sabino (Turismo) no cargo, contrariando orientações da cúpula partidária. Sabino enfrenta um processo interno no partido.
Já o PP busca impor punições ao ministro André Fufuca (esporte), que optou por manter sua posição no governo. Em resposta, o partido decidiu afastá-lo do diretório estadual do Maranhão.
A pressão para a aprovação da MP dos Tributos aumenta enquanto o Governo busca consolidar sua base de apoio e garantir a arrecadação necessária para as contas públicas.
Fonte: G1