Moraes ordena PF a investigar facções e milícias com agentes públicos no RJ

Alexandre de Moraes ordena investigação da PF sobre conexões entre facções, milícias e agentes públicos no Rio de Janeiro.
Moraes investiga facções e milícias no Rio — foto ilustrativa Moraes investiga facções e milícias no Rio — foto ilustrativa

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito formal para investigar a atuação de facções e milícias no Rio de Janeiro. A decisão visa apurar as conexões desses grupos criminosos com agentes públicos no estado.

Investigação sobre Crime Organizado e Poder Público

A determinação atende a uma exigência do STF feita durante o julgamento da “ADPF das Favelas”. O foco central do inquérito será a “atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no Estado e suas conexões com agentes públicos”. Além disso, a Polícia Federal investigará esquemas de lavagem de dinheiro oriundos do crime organizado.

Investigações preliminares sobre o tema já estavam em andamento desde agosto, sob sigilo em uma petição específica. Com a nova ordem de Moraes, essas apurações serão formalizadas como um inquérito oficial.

Relatório e Providências da Polícia Federal

Em seu despacho, o ministro Alexandre de Moraes solicitou à Polícia Federal um relatório detalhado sobre as providências já tomadas até o momento e a adoção de todas as investigações cabíveis para o caso. O objetivo é consolidar as informações e direcionar os próximos passos da apuração.

A decisão do STF, proferida em abril durante o julgamento da ADPF das Favelas, estipulou que a PF deveria formar uma força-tarefa permanente. Essa equipe tem a missão de identificar as organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro, com ênfase em suas lideranças, fluxos financeiros e possíveis elos com grupos políticos.

Contexto e Operação Contenção

A medida tomada por Moraes surge em um momento de crescente preocupação com a segurança pública no Rio de Janeiro. A decisão ocorre após audiências realizadas pelo ministro com representantes de direitos humanos, autoridades do governo estadual e membros do sistema de Justiça do Rio. Essas discussões abordaram a complexa situação da segurança e os desdobramentos da Operação Contenção, que resultou na morte de 121 pessoas na semana anterior à determinação.

Fonte: Estadão

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