Moraes e Castro se reúnem no Rio para discutir megaoperação policial

Ministro Alexandre de Moraes se reúne com governador Cláudio Castro no Rio para discutir megaoperação policial e preservação de evidências.
Alexandre de Moraes Cláudio Castro megaoperação Rio — foto ilustrativa Alexandre de Moraes Cláudio Castro megaoperação Rio — foto ilustrativa

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a preservação de todos os elementos materiais relacionados à operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, que resultou em ao menos 121 mortes. A decisão atende a uma solicitação da Defensoria Pública da União (DPU) e inclui a conservação de perícias e a manutenção das respectivas cadeias de custódia.

Nesta sexta-feira, Moraes estará no Rio de Janeiro para uma reunião com o governador Cláudio Castro e outras autoridades locais. O encontro ocorre no âmbito da ADPF das Favelas, instrumento que monitora a letalidade policial no estado, e tem como objetivo cobrar o cumprimento das diretrizes estabelecidas pelo STF para ações policiais.

Ministro Alexandre de Moraes em reunião sobre operação policial no Rio de Janeiro.
Ministro Alexandre de Moraes em reunião sobre operação policial no Rio de Janeiro.

Preservação de Evidências e Perícias

Moraes enfatizou que o procedimento de preservação está em conformidade com o julgado pelo plenário do STF na ADPF das Favelas. Esta ação estabelece a necessidade de resguardar vestígios de crimes e garantir a independência técnica das perícias em casos de crimes contra a vida. A expectativa é que o ministro avalie os próximos desdobramentos e medidas a serem adotadas após a reunião.

Em decisão anterior, Moraes já havia exigido de Castro informações detalhadas sobre a operação, como a justificativa para o grau de força empregado, o número de agentes, armamentos utilizados, mortos, feridos e detidos. A cobrança incluiu também a adoção de medidas de responsabilização por eventuais abusos, a atuação da perícia, o uso de câmeras corporais e a assistência às vítimas.

Gráfico comparativo de mortes em operações policiais no Rio de Janeiro.
Gráfico comparativo de mortes em operações policiais no Rio de Janeiro.

Críticas à ADPF das Favelas

O ministro Gilmar Mendes criticou o resultado das operações policiais no Rio, classificando-o como “parcial e insustentável” enquanto o estado não apresentar um plano de reocupação de territórios dominados por facções e milícias. Mendes respondeu a Críticas do governador Cláudio Castro à ADPF das Favelas, que descreveu a decisão como “maldita”.

Mendes esclareceu que o STF, ao julgar a ADPF das Favelas, não proibiu operações policiais, mas estabeleceu parâmetros para que tais ações sejam planejadas, proporcionais e transparentes, visando reduzir mortes e proteger vidas. Ele lembrou que, em abril, o STF determinou a apresentação de um plano de recuperação territorial pelo estado, e que sem essa ação, os resultados das incursões continuarão sendo limitados.

Fonte: InfoMoney

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