O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, destituiu nesta quinta-feira (9) os advogados de Filipe Martins e Marcelo Câmara, réus na trama golpista.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2025/b/j/S2hoe3QU24tSIZSWdelA/5829b24102f14f609e88bde1ff3237ca-0-13e43fcb22a142e1b1eb06f00d813039.jpg" alt=""><figcaption></figcaption></figure>)
Alexandre de Moraes determinou a destituição sob a alegação de que a Defesa dos réus deixou de apresentar, “sem motivo plausível e pertinente”, as alegações finais. O ministro considerou a atitude um ato “absolutamente inusitado”, caracterizado por “litigância de má-fé, em razão da admissão da intenção de procrastinar o feito, sem qualquer previsão legal”.
O magistrado entendeu que houve um “abuso do direito de Defesa, com clara manobra procrastinatória”. Diante disso, determinou que a Defensoria Pública da União (DPU) assuma as defesas dos dois réus e apresente as alegações finais.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2025/b/j/S2hoe3QU24tSIZSWdelA/5829b24102f14f609e88bde1ff3237ca-0-13e43fcb22a142e1b1eb06f00d813039.jpg)
Contexto da Decisão do STF
A decisão de Moraes atinge diretamente a condução da Defesa de Filipe Martins e Marcelo Câmara, que são investigados em processos relacionados a supostas articulações para um golpe de Estado. A omissão na apresentação das alegações finais é vista pelo STF como uma tentativa de atrasar o andamento processual.
Impacto no Direito de Defesa
A medida tomada pelo ministro Alexandre de Moraes levanta discussões sobre os limites do direito de Defesa e a atuação de advogados em processos sensíveis. A intervenção do STF, ao destituir os advogados e nomear a DPU, sinaliza a gravidade com que a corte trata tentativas de procrastinação em investigações de alta relevância.
Próximos Passos no Caso
Com a Defensoria Pública da União assumindo a defesa, espera-se que as alegações finais sejam apresentadas em breve, permitindo que o processo avance para as próximas fases. A atuação da DPU será crucial para garantir a continuidade da defesa técnica dos réus.
Fonte: Valor Econômico