Moraes afasta advogados de réus golpistas por ‘abuso do direito de defesa’

Alexandre de Moraes destitui advogados de Filipe Martins e Marcelo Câmara por abuso do direito de defesa e tentativa de procrastinação em caso golpista.
Alexandre de Moraes, ministro do STF, em decisão sobre abuso do direito de defesa. Alexandre de Moraes, ministro do STF, em decisão sobre abuso do direito de defesa.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, destituiu nesta quinta-feira (9) os advogados de Filipe Martins e Marcelo Câmara, réus na trama golpista.

Alexandre de Moraes determinou a destituição sob a alegação de que a Defesa dos réus deixou de apresentar, “sem motivo plausível e pertinente”, as alegações finais. O ministro considerou a atitude um ato “absolutamente inusitado”, caracterizado por “litigância de má-fé, em razão da admissão da intenção de procrastinar o feito, sem qualquer previsão legal”.

O magistrado entendeu que houve um “abuso do direito de Defesa, com clara manobra procrastinatória”. Diante disso, determinou que a Defensoria Pública da União (DPU) assuma as defesas dos dois réus e apresente as alegações finais.

Alexandre de Moraes, ministro do STF.
Ministro Alexandre de Moraes.

Contexto da Decisão do STF

A decisão de Moraes atinge diretamente a condução da Defesa de Filipe Martins e Marcelo Câmara, que são investigados em processos relacionados a supostas articulações para um golpe de Estado. A omissão na apresentação das alegações finais é vista pelo STF como uma tentativa de atrasar o andamento processual.

Impacto no Direito de Defesa

A medida tomada pelo ministro Alexandre de Moraes levanta discussões sobre os limites do direito de Defesa e a atuação de advogados em processos sensíveis. A intervenção do STF, ao destituir os advogados e nomear a DPU, sinaliza a gravidade com que a corte trata tentativas de procrastinação em investigações de alta relevância.

Próximos Passos no Caso

Com a Defensoria Pública da União assumindo a defesa, espera-se que as alegações finais sejam apresentadas em breve, permitindo que o processo avance para as próximas fases. A atuação da DPU será crucial para garantir a continuidade da defesa técnica dos réus.

Fonte: Valor Econômico

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