Michelle Bolsonaro tem se posicionado cada vez mais como uma potencial candidata para as eleições de 2026, seja para a presidência da República ou para o Senado. Em eventos recentes, a ex-primeira-dama tem replicado as estratégias políticas que levaram a direita ao poder no Brasil, com ataques direcionados.
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Em um discurso no evento do PL Mulher em Londrina (PR), Michelle elencou as bandeiras de seu grupo político, com destaque para as críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ela afirmou que o Congresso Nacional está “de joelhos em frente ao STF” e que “só quem governa é o Judiciário”, criticando a anulação de leis aprovadas pelos parlamentares por incompatibilidade com a Constituição.
Críticas ao STF e anulação de leis
A ex-primeira-dama expressou tristeza com a situação, ecoando o sentimento de parte da direita que se sente contrariada pela atuação do STF. Esse posicionamento se alinha a outras questões que desagradam o grupo, como a condenação de Jair Bolsonaro e a decisão do Supremo de não abrir caminho para anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado, medida que o Congresso preferiu adiar.
É importante notar que, na estrutura dos Três Poderes, o Judiciário tem a prerrogativa de realizar o controle de constitucionalidade das leis, podendo derrubar normas em casos de incompatibilidade com a Constituição Federal.
Candidatura e defesa de Bolsonaro
Com Jair Bolsonaro inelegível desde 2023 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e agora com a condenação do STF, Michelle se apresenta como a “única opção” para a direita. Em seu discurso, ela declarou que, sem a candidatura de Bolsonaro, não haveria democracia, configurando um “golpe do Judiciário no povo brasileiro”. Ela também ressaltou o papel de seu marido em “resgatar o Patriotismo e o amor à pátria”.
Michelle também trouxe atualizações sobre a saúde de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar. Ela relatou que ele passa por dificuldades de saúde decorrentes de uma cirurgia recente, devido à falta de tempo para recuperação e um ambiente favorável. A Defesa de Bolsonaro busca mantê-lo em prisão domiciliar para o cumprimento da pena, evitando uma possível transferência para outras unidades prisionais.
Fórmula de Ataques e Potencial Eleitoral
A ex-primeira-dama também direcionou Críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusando-o de “aliança com o crime” e de abandonar a vítima. Essas críticas seguem a mesma fórmula utilizada por Jair Bolsonaro para ascender à liderança da direita, com ataques ao STF, à esquerda e um discurso de combate à criminalidade, aliado à valorização da família e da pátria.
Apesar de Bolsonaro ainda resistir em indicar um nome oficial, Michelle surge como uma forte candidata. Pesquisas recentes indicam que ela teria um desempenho competitivo em uma eventual disputa presidencial contra Lula, com intenções de voto que se aproximam do atual presidente, inclusive em cenários de segundo turno.
Fonte: Estadão
