Michelle Bolsonaro ataca Lula e Janja: “Esquerda é maldita”

Michelle Bolsonaro critica Lula e Janja em evento do PL Mulher em Goiás, chamando a esquerda de ‘maldita’ e criticando gastos públicos. Entenda a declaração.
Michelle Bolsonaro discursa em evento do PL Mulher em Goiás, criticando Lula e Janja. Michelle Bolsonaro discursa em evento do PL Mulher em Goiás, criticando Lula e Janja.

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Janja da Silva, durante um evento do PL Mulher em Rio Verde, Goiás. Ela classificou a esquerda como “maldita” e “ordinária”, acusando-a de promover a destruição. A líder do PL Mulher também se referiu ao casal presidencial como um “casalzinho que demoniza Israel, mas que agora começou a frequentar as igrejas”.

A declaração ocorreu neste sábado (11), quando Michelle fez referência à recente visita de Janja à Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (PA), onde a primeira-dama apareceu rezando com Lula em um vídeo publicado na sexta-feira (3), após problemas em um voo da comitiva presidencial. Michelle também acusou Lula de ser um “gastador de primeira”, insinuando que os gastos públicos são custeados pelo contribuinte e afetam o cotidiano da população.

Críticas aos gastos e comparação com Pepe Mujica

Michelle Bolsonaro afirmou que as políticas econômicas do Governo afetam diretamente “o prato da família, no arroz, no feijão, na proteína daqueles que mais precisam”. Segundo ela, o governo do PT causa sofrimento à nação, em contraste com um “justo que governa” e traz alegria ao povo. A ex-primeira-dama comparou o presidente Lula ao ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica, descrevendo este último como um “socialista raiz” com um estilo de vida simples, em contraponto ao que ela percebe como luxo de Lula às custas do dinheiro público.

A comparação buscava destacar uma suposta discrepância entre a ideologia socialista defendida e a prática de gastos elevados por parte do atual governo.

Defesa de Bolsonaro e projeções eleitorais

Em seu discurso, Michelle Bolsonaro reiterou a Defesa de seu marido, Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030. Ela declarou que “eleição sem Jair Bolsonaro não existe” e que ele “continua sendo o único líder da direita candidato à Presidência da República”. Segundo Michelle, Bolsonaro é vítima de uma “injustiça muito grande” e está passando por um momento difícil, mas que sua tornozeleira eletrônica não é uma questão pessoal, mas sim sobre um “sistema” e a “podridão da política”.

Há especulações sobre uma possível chapa de Michelle com Tarcísio de Freitas (Republicanos) para as eleições de 2026. Michelle tem incentivado Bolsonaro a manter a “cabeça erguida, cuidar da saúde e se aproximar de Deus” durante seu período em Prisão domiciliar, há mais de dois meses.

Eventos do PL Mulher e “política colaborativa”

O evento em Rio Verde faz parte de uma série de encontros do PL Mulher em diferentes estados, com Michelle Bolsonaro já tendo passado por Ji-Paraná, em Rondônia, na semana anterior. No palco em Rio Verde, notou-se a presença de mais homens (nove) do que mulheres (oito), ocupando espaços reservados a deputados, senadores, vereadores e lideranças do PL Mulher. Michelle justificou a presença masculina como parte de uma “política colaborativa” do PL, afirmando que as feministas “demonizam a figura masculina”, enquanto elas, “mulheres femininas”, amam seus maridos e famílias e buscam trabalhar em conjunto.

Durante o evento, Michelle Bolsonaro recebeu o título de cidadã honorária de Goiás, uma proposição que foi aprovada na Assembleia Legislativa do estado em setembro de 2023 e sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil). O deputado estadual Major Araújo (PL) exaltou a ex-primeira-dama, considerando-a uma inspiração para as mulheres brasileiras e um reconhecimento pelo seu trabalho.

Fonte: Valor Econômico

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