Orçamento 2025: Governo Lula mira piso da meta fiscal com nova lei

Governo Lula sanciona lei que permite mirar piso da meta fiscal em 2025. Flexibilização de gastos busca evitar cortes drásticos e otimizar orçamento.
Fachada do Tribunal de Contas da União (TCU) em Brasília, órgão fiscalizador das contas públicas no Brasil. Fachada do Tribunal de Contas da União (TCU) em Brasília, órgão fiscalizador das contas públicas no Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que autoriza o governo a adotar o piso da meta fiscal como referência para o congelamento de gastos no Orçamento de 2025. Essa medida flexibiliza o alcance do objetivo fiscal, permitindo um menor volume de cortes.

A meta fiscal é definida em três níveis: superior, centro e inferior. Para 2025, o objetivo central é o déficit zero. No entanto, o intervalo de tolerância permite flexibilidade, com limites superior e inferior fixados em um superávit de R$ 30,9 bilhões e um déficit de R$ 30,9 bilhões, respectivamente. A nova lei permite que o Executivo mire apenas o limite inferior, o que significa que poderá congelar o mínimo necessário para atender à meta mais branda, evitando bloqueios maiores de gastos.

Essa prática já vinha sendo adotada pela equipe econômica, mas a nova legislação formaliza o critério, especialmente após questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU). O TCU defendia que o critério adotado fosse o centro da meta fiscal, o que o Planalto alegava que poderia levar a cortes adicionais significativos.

Disputa com o TCU sobre a Meta Fiscal

O Tribunal de Contas da União (TCU) havia questionado a regra atual, sugerindo que o Governo deveria mirar o centro da meta fiscal, que é o déficit zero. A equipe econômica do governo argumentou que tal mudança poderia resultar em um bloqueio de até R$ 30 bilhões nas contas públicas, impactando severamente a máquina pública.

Após recurso do Planalto, o ministro relator Benjamin Zymler decidiu que o governo poderia manter o critério de mirar o limite inferior da meta em 2025. No entanto, o TCU ainda deliberará em julgamento definitivo se o governo será obrigado a perseguir o centro da meta em anos futuros.

Fachada do Tribunal de Contas da União (TCU) em Brasília.
TCU em Brasília.

Impacto na LDO de 2026

A definição do parâmetro para a meta fiscal tem sido um dos fatores que atrasam a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. O texto já sofreu adiamentos na Comissão Mista de Orçamento (CMO).

O relator da LDO, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), incluiu em seu parecer a decisão do TCU que obriga o governo a mirar o centro da meta. Para 2026, as diretrizes orçamentárias preveem um superávit de R$ 34,2 bilhões, com um intervalo de tolerância. A proposta estabelece que eventuais congelamentos e bloqueios de despesas devam ser feitos visando este superávit.

Flexibilização Fiscal e Orçamento

A nova lei sancionada por Lula oferece um alívio para as Finanças públicas ao permitir que o governo utilize o piso da meta fiscal como referência. Isso significa que o congelamento de gastos poderá ser menor, direcionando recursos para outras áreas ou evitando cortes drásticos.

A decisão busca equilibrar a necessidade de controle fiscal com a demanda por investimentos e manutenção dos serviços públicos. A articulação política para aprovar a lei demonstra a estratégia do governo em gerenciar o orçamento sob as diretrizes fiscais vigentes.

Fonte: G1

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