Investidores abrem a semana focando no cenário internacional, com dados econômicos dos Estados Unidos e direcionamentos do Federal Reserve (Fed) sendo os principais catalisadores. A manhã desta segunda-feira apresenta um cenário de leve valorização do dólar frente a moedas fortes, alta nos futuros das bolsas americanas e queda nos preços do petróleo. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se reúne esta semana, com a expectativa de manter a taxa Selic em 15%, mas o foco global recai sobre as decisões em Washington.
Cenário nos EUA: O Que o Fed e os Indicadores Revelam
Em meio a pressões sobre o banco central americano, a participação da diretora do Fed, Lisa Cook, em um evento no Brookings Institute às 16h, é aguardada com atenção. Relatos indicam um crescente apoio interno no Fed para manter os juros estáveis em dezembro, contrariando a expectativa de parte do Mercado de um corte nas taxas. A fala de Cook pode intensificar as dúvidas entre os investidores sobre os próximos passos da política monetária americana.
Na ausência de dados oficiais devido ao “shutdown” em curso, o mercado volta suas atenções para os índices de gerentes de compras (PMIs) do setor industrial americano, elaborados pela S&P Global e, especialmente, pelo ISM. A divulgação dos indicadores de preços e emprego ganha relevância para preencher a lacuna de informações oficiais sobre a saúde da economia dos EUA.
Dinâmica do Dólar e Ibovespa: Otimismo Interno em Cena
A trajetória do dólar e os rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) serão cruciais para os investidores. Paralelamente, um certo otimismo tem retornado aos ativos domésticos. Na última sexta-feira, o Ibovespa atingiu uma máxima histórica, aproximando-se da marca de 150 mil pontos, demonstrando força no mercado brasileiro.
Ajustes nos Horários de Negociação: Impacto do Fim do Horário de Verão nos EUA
Um ajuste operacional importante ocorre nesta segunda-feira. Com o fim do horário de verão nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York passarão a abrir às 11h30 e encerrarão o pregão às 18h. Consequentemente, a B3 também modificará seus horários de funcionamento no Brasil, com o Ibovespa encerrando as negociações também às 18h. Os horários dos mercados de câmbio e de juros futuros locais permanecem inalterados.
Este cenário exige atenção redobrada dos investidores, que buscam decifrar os sinais vindos dos EUA para guiar suas decisões em mercados globais e domésticos. A volatilidade esperada nos ativos financeiros globais reflete a incerteza sobre a política monetária americana e a saúde da economia dos Estados Unidos.
Fonte: Valor Econômico