Mercado Imobiliário Corporativo: Paulista Lidera Disputa por Escritórios

Vacância de escritórios em SP cai para 16,2%. Avenida Paulista lidera disputa, superando Faria Lima. Saiba os detalhes do mercado corporativo.
área vaga em escritórios — foto ilustrativa área vaga em escritórios — foto ilustrativa

O mercado de prédios corporativos em São Paulo demonstra sinais robustos de recuperação. Relatório da consultoria JLL indica que a vacância de espaços vagos em edifícios corporativos caiu para 16,2% no fim do terceiro trimestre, uma melhora significativa em relação aos 17,3% registrados no trimestre anterior e aos 25,6% do pior momento em 2023.

“Os números atuais são bastante animadores. Após a pandemia, o setor de escritórios entrou em uma recuperação. Neste ano, estamos vendo uma consolidação dessa melhora”, afirmou a diretora de locações da JLL, Yara Matsuyama.

Avenida Paulista se Consolida como Polo Corporativo

A Avenida Paulista ressurgiu como o principal polo de escritórios da cidade, alcançando a menor taxa de vacância com 4,6%. Este índice supera até mesmo a renomada Faria Lima, que apresenta 5,9% de seu espaço corporativo vago.

“As empresas gostam da Paulista por ser próxima de transporte público, com muitos serviços e Acesso aos clientes e fornecedores”, explicou Matsuyama. “Os prédios mais recentes foram ocupados rapidamente. E as empresas já instaladas na região que precisam expandir seus escritórios não encontram mais oferta. Hoje se vê escassez de área e disputa na região.” A executiva também destacou que a antiga percepção negativa da região, associada a protestos, mudou consideravelmente.

Forte Demanda e Locações Expressivas

A consultoria imobiliária JLL registrou uma absorção bruta de 175 mil metros quadrados no terceiro trimestre. Descontando as devoluções, a absorção líquida atingiu 50 mil metros quadrados, caracterizando um cenário “bom e robusto” para o Mercado.

A demanda tem sido impulsionada por setores como Finanças, farmacêutico e tecnologia. Entre as maiores locações, destacam-se a do Sesc no prédio Abram Szajman, na Bela Vista, e a da Arrise, empresa de software para jogos online, que ocupou cinco andares no Edifício Julieta, na Chácara Santo Antônio.

A expectativa é de que o movimento comercial mantenha sua força até o início de 2025, antecipando um período de maior cautela com a aproximação das eleições. “Depois vêm eleições e aumento das incertezas e da cautela”, projetou a diretora da JLL.

Este cenário de recuperação no mercado de escritórios reflete uma retomada econômica mais ampla, com empresas reavaliando suas necessidades de espaço físico e buscando localizações estratégicas.

Fonte: Estadão

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