Médica de envolvidos com “Careca do INSS” usa silêncio em CPI

Médica Thaísa Hoffmann, ligada a empresas do “Careca do INSS”, usou direito ao silêncio em CPI. Acusada de receber propina por pareceres.
Careca do INSS — foto ilustrativa Careca do INSS — foto ilustrativa

A médica Thaísa Hoffmann Jonasson optou pelo silêncio durante seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nesta quinta-feira (23). Ela alegou que o ambiente era “hostil” para prestar esclarecimentos, exercendo o direito ao silêncio concedido por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF).

Médica Thaísa Hoffmann Jonasson em depoimento na CPI.
Thaísa Hoffmann Jonasson, médica alvo de investigações em CPI.

Contexto do Depoimento e Acusações

Thaísa Hoffmann é esposa do ex-procurador-chefe do INSS Virgílio Oliveira Filho, que também estava previsto para depor. Ele é acusado de elaborar pareceres que permitiram a continuidade de descontos associativos considerados ilegais a aposentados. As investigações da operação ‘Sem Desconto’, da Polícia Federal, apontam que entidades ligadas ao esquema pagavam propina às empresas de Hoffmann pela produção desses pareceres.

Conexão com “Careca do INSS”

O relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), destacou que a empresa de Thaísa, Curitiba Consultoria, teria recebido aproximadamente R$ 11 milhões de empresas de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Em um raro momento em que se pronunciou, a médica confirmou a prestação de serviços de elaboração de pareceres médicos para essas empresas.

“Deputado, eu prestei o meu trabalho. Foram anos de trabalho para chegar onde eu cheguei, noites mal dormidas, mesmo grávida. Eu prestei o meu trabalho. A verdade vai aparecer. Eu tenho documentos comprovatórios e todo material que foi enviado do trabalho que foi prestado”, declarou.

Conflito na Sessão da CPI

A sessão foi marcada por um incidente envolvendo o deputado federal José Medeiros (PL-MT) e a advogada de Thaísa, Izabella Hernandez Borges. Houve troca de ofensas, com Medeiros fazendo insinuações sobre a atuação da advogada. Borges, por sua vez, pediu intervenção do presidente da comissão, alegando estar sendo destratada e que sua advocacia estava sendo criminalizada.

Fonte: Estadão

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