O MDB apresentou nesta quarta-feira (22) um programa eleitoral crítico ao desempenho da economia brasileira, defendendo austeridade fiscal e um novo rumo para o país. O documento, intitulado “O Brasil Precisa Pensar o Brasil”, será entregue aos principais candidatos à Presidência em 2026.
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Críticas ao Cenário Econômico Atual
Elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, o programa destaca que o país enfrenta um crescimento econômico lento, insuficiente para conter a desigualdade social e que diminui a Confiança nas lideranças políticas. “Como consequência, forma-se, em diversos segmentos da sociedade, um sentimento crescente de urgência por um novo rumo para o País”, aponta o documento.
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Propostas de Austeridade e Reforma Administrativa
Coordenado pelo ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo, o programa defende que “políticas fiscais justas e eficientes são essenciais para manter o delicado equilíbrio entre os gastos públicos e a geração de Receita”. Dentro da proposta de austeridade fiscal, o partido sugere novas bases para o Orçamento federal, vinculando emendas parlamentares a áreas como educação, infraestrutura e pesquisa, com previsão no Orçamento e no Plano Plurianual (PPA).
“Com base nessas matrizes, torna-se possível ordenar a execução das emendas parlamentares, de modo que apenas as iniciativas previamente contempladas em leis orçamentárias e alinhadas a essas matrizes sejam efetivamente executadas”, detalha o programa. A proposta visa otimizar a alocação de recursos e garantir o alinhamento das emendas a planos governamentais de longo prazo.
Contexto Político e Posições Eleitorais
O lançamento do documento ocorre em um momento de divisão interna no MDB sobre o apoio a candidatos à Presidência em 2026. Enquanto uma ala defende o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), outra prefere a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O partido possui três ministros no atual governo.
Questionado sobre se o documento sinaliza um distanciamento de Lula, o presidente do MDB, Baleia Rossi, afirmou que as decisões eleitorais serão tomadas apenas em 2026. Ele ressaltou que o programa apresentado visa oferecer um “projeto que saia dessa discussão inócua dos extremos”, em referência à polarização política atual. O encontro em Brasília contou com a presença de ministros como Simone Tebet (Planejamento) e Jader Filho (Cidades), além do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e do ex-presidente José Sarney.
Fonte: Valor Econômico