Mateus Simões filia-se ao PSD e mira governo de Minas Gerais em 2026

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, se filiará ao Partido Social Democrático (PSD) em 27 de outubro, em Belo Horizonte. A mudança de sigla, saindo do Novo, marca sua pré-candidatura ao Governo estadual em 2026. Essa movimentação política sinaliza uma estratégia do PSD de se afastar do atual governo federal para a disputa eleitoral no estado.

Simões é um aliado próximo do governador Romeu Zema e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sua chapa em 2022 venceu Alexandre Kalil, então candidato do PSD ao governo mineiro. Kalil, que deixou o PSD e se filiou ao PDT, agora visa atrair eleitores de esquerda, mas sem se atrelar diretamente ao presidente Lula, buscando uma campanha independente.

Mudanças no Cenário Político Mineiro

A filiação de Mateus Simões ao PSD pode impactar as pretensões de outros nomes dentro do partido. O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que vinha sendo estimulado por Lula para se candidatar ao governo, pode ter seu espaço reduzido. Outro nome cogitado é o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que mira uma candidatura ao Senado.

Essa aliança também fortalece a ala direita do PSD, que busca endossar uma candidatura presidencial de oposição a Lula. O partido pode apoiar Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná, ou Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, ambos buscando o aval de Bolsonaro para a corrida nacional.

Debate político com a participação de Ciro Gomes. — Alexandre Kalil, ex-prefeito de BH, filiou-se ao PDT.

Estratégias Partidárias para 2026

Enquanto o PSD de Gilberto Kassab busca construir uma oposição forte a nível nacional, em outros estados a sigla adota uma estratégia diferente. No Rio de Janeiro e na Bahia, por exemplo, o partido tende a compor alianças que estarão alinhadas ao PT em 2026.

A decisão do vice-governador mineiro de ingressar no PSD demonstra a complexidade das articulações políticas para as próximas eleições. O partido busca equilibrar diferentes espectros políticos e consolidar sua presença em estados estratégicos.