Margem Equatorial: Brasil pode suprir demanda de energia com novas jazidas

Margem Equatorial brasileira ganha força com licença ambiental da Petrobras. Potencial para suprir demanda energética e impulsionar economia do Arco Norte.
Margem Equatorial — foto ilustrativa Margem Equatorial — foto ilustrativa

A Margem Equatorial brasileira, uma vasta região com potencial para grandes descobertas de petróleo e gás, ganhou destaque após os sucessos exploratórios na Guiana. Essa área se estende por 2,2 mil quilômetros ao longo da costa, do Amapá ao Rio Grande do Norte, englobando cinco bacias sedimentares: Foz do Amazonas, Para-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estimou em 2013 que a região poderia conter até 30 bilhões de barris de petróleo, com um potencial de produção de 7,5 bilhões de barris. Esse potencial atraiu o interesse de gigantes do setor, como a TotalEnergies e a BP, que em consórcio com a Petrobras, arremataram blocos na Bacia do Foz do Amazonas.

Licenciamento e Desafios para a Exploração

Contudo, os planos de exploração enfrentaram obstáculos significativos. Em 2018, o Ibama negou o Licenciamento ambiental para o empreendimento, impedindo o avanço das operações. Após essa decisão, a Petrobras assumiu a operação integral dos blocos, enquanto as multinacionais se afastaram da região. Desde então, a estatal brasileira tem negociado com o Ibama as licenças necessárias para iniciar as atividades.

Com a retomada do debate e a proximidade da COP-30, o cenário para a exploração da Margem Equatorial se tornou mais favorável. A obtenção da licença ambiental pela Petrobras abre caminho para o início das operações, com a expectativa de que os primeiros resultados da sonda já em operação possam ser apresentados em cerca de cinco meses.

Potencial e Impacto Econômico da Margem Equatorial

A confirmação das expectativas de grandes volumes de petróleo e gás na Margem Equatorial poderá posicionar o Brasil como um grande produtor, potencialmente substituindo a produção do pré-sal, que deve começar a decrescer a partir de 2030. Essa nova fronteira exploratória tem o potencial de aquecer o mercado doméstico e atrair novos investimentos de companhias nacionais e internacionais em futuros leilões da ANP.

A formação geológica da Margem Equatorial é semelhante à da margem oeste da África e às novas fronteiras exploratórias das Guianas e do Suriname, regiões com jazidas de hidrocarbonetos consideráveis. A exploração e produção na área prometem trazer benefícios sociais e econômicos significativos para os estados do Arco Norte do Brasil, especialmente para as populações com Acesso limitado à energia.

Benefícios Sociais e Econômicos para o Arco Norte

A exploração da Margem Equatorial trará uma série de benefícios, incluindo a geração de empregos, o aumento da renda local e o crescimento do Mercado nos estados da região. Espera-se também uma melhoria na qualidade de vida através do pagamento de royalties, participações especiais e outros impostos, que poderão ser revertidos em investimentos em infraestrutura e serviços públicos.

Fonte: Estadão

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