Magnatas do Bitcoin migram para ETFs e fortalecem sistema financeiro tradicional

Magnatas do Bitcoin transformam suas fortunas digitais em ETFs, abraçando o sistema financeiro tradicional sem vender seus ativos digitais. Saiba mais.
Magnatas do Bitcoin em ETFs — foto ilustrativa Magnatas do Bitcoin em ETFs — foto ilustrativa
A cutout of a Bitcoin token at the Moonshots booth during the Bitcoin 2025 conference in Las Vegas, Nevada, US, on Tuesday, May 27, 2025. The event will examine Bitcoin's evolving global impact with speakers from education, policy, finance, and technology. Photographer: Bridget Bennett/Bloomberg

Grandes detentores de Bitcoin encontram nos novos ETFs uma maneira inovadora de integrar suas fortunas digitais ao sistema financeiro regulado. Gigantes como a BlackRock facilitam essa transição sem a necessidade de vender os ativos.

Uma recente mudança regulatória permitiu que investidores institucionais entreguem seu Bitcoin a um ETF em troca de cotas. O processo, conhecido como transação in-kind, é fiscalmente neutro e Transforma ativos digitais voláteis em instrumentos mais fáceis de gerenciar dentro do sistema financeiro tradicional.

A BlackRock já viabilizou mais de US$ 3 bilhões em conversões, segundo Robbie Mitchnick, chefe de ativos digitais da gestora. Outras empresas como Bitwise Asset Management e Galaxy também relatam aumento no interesse e nas operações de conversão de Bitcoin para ETFs.

“Grandes detentores de Bitcoin estão percebendo a conveniência de manter sua exposição dentro do relacionamento já existente com seu assessor financeiro ou banco privado”, afirmou Mitchnick.

Essa movimentação representa uma nova fase para o Bitcoin, que, de um movimento descentralizado, caminha para ser absorvido pelas instituições financeiras que um dia criticou.

Ao trocar Bitcoin por cotas de ETF, o investidor mantém a exposição à criptomoeda, mas em um formato reconhecido pelo Mercado financeiro. Isso permite que os ativos sejam usados como garantia, tomados em empréstimo ou incluídos em planos sucessórios, funcionalidades limitadas em carteiras digitais privadas.

Benefícios de Ativos no Sistema Financeiro Tradicional

Teddy Fusaro, presidente da Bitwise, destaca os benefícios de manter ativos dentro do sistema financeiro tradicional: “Há benefícios em ter ativos no sistema financeiro tradicional”. Ele exemplifica que um investidor com US$ 1 milhão em uma plataforma de gestão de patrimônio e US$ 5 milhões em Bitcoin guardados separadamente, ao converter seus Bitcoins para um ETF e mantê-los na mesma plataforma, pode ter Acesso a um nível de serviço muito mais elevado.

Adoção em Massa e Futuro dos ETFs de Bitcoin

Embora a BlackRock não divulgue o número exato de transações para o ETF IBIT, a empresa indica que maior clareza regulatória impulsionará o volume e a participação de grandes bancos. Investidores variam desde aqueles que buscam converter parte de seu portfólio de Bitcoin até os que pretendem migrar a totalidade para o sistema tradicional.

“Há um grupo que está indo 100% para ETFs, dizendo ‘consolide tudo dessa forma, é o jeito mais fácil de manter daqui para frente’”, relatou um representante da gestora.

Participação de Instituições Financeiras

Mais empresas de Wall Street podem em breve se beneficiar dessas transações in-kind. A BlackRock menciona que bancos já desempenham um papel na facilitação dessas operações, especialmente na fase de criação de ETFs. Atualmente, apenas corretoras não bancárias conseguem executar a transação completa.

Wes Gray, CEO e fundador da gestora de ETFs Alpha Architect, comenta ironicamente: “A vida é simplesmente mais fácil no mundo TradFi — passamos um século aperfeiçoando integração, Acesso e segurança. Os bitcoiners finalmente estão percebendo isso”. Ele ressalta que o Bitcoin nasceu para escapar das Finanças tradicionais, e agora seus maiores detentores buscam retornar a elas.

Gráfico ilustrando o conceito de prova de trabalho no Bitcoin, relacionado à migração de magnatas para ETFs.
Detentores de Bitcoin buscam integrar suas fortunas ao sistema financeiro tradicional através de ETFs.

Fonte: InfoMoney

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade