Lula e Trump: Próximos Passos na Crise das Tarifas e Acordo Comercial

Lula e Trump se reúnem para discutir tarifas de 50% de Washington sobre produtos brasileiros e buscam acordo comercial. Próximos passos e detalhes.
Tarifas Brasil Estados Unidos — foto ilustrativa Tarifas Brasil Estados Unidos — foto ilustrativa
U.S. President Donald Trump, accompanied by U.S. Secretary of State Marco Rubio, U.S. Treasury Secretary Scott Bessent and U.S. Trade Representative Jamieson Greer, meets Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva, accompanied by Brazilian Foreign Minister Mauro Vieira and other officials, on the sidelines of the 47th Association of Southeast Asian Nations (ASEAN) summit in Kuala Lumpur, Malaysia, October 26, 2025. REUTERS/Evelyn Hockstein

A recente reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, em Kuala Lumpur, sinaliza uma nova fase nas relações entre Brasil e Estados Unidos, com foco nas tarifas de 50% impostas por Washington a produtos brasileiros e a busca por um acordo comercial bilateral. Este foi o primeiro encontro formal entre os líderes desde que Trump reassumiu a presidência.

Reaproximação e Negociações Iniciais

A conversa, descrita como produtiva e descontraída, durou cerca de 50 minutos e abriu o que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chamou de “fase prática das negociações”. Trump indicou que instruirá sua equipe a iniciar o processo de negociação bilateral com o Brasil. O tom geral do encontro foi de reaproximação política e pragmatismo econômico, com o objetivo de destrabar um acordo comercial.

Durante o diálogo, o presidente brasileiro reiterou o pedido pela Suspensão das tarifas que afetam as exportações do Brasil, especialmente em setores como aço, alumínio e minerais críticos. Trump, por sua vez, comprometeu-se a orientar seus assessores para dar início imediato às tratativas técnicas, sem apresentar condições específicas neste momento. O Brasil também demonstrou interesse em discutir a cooperação em minerais estratégicos e terras raras, fundamentais para as cadeias de energia e tecnologia.

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Próximas Etapas e Cronograma

As equipes técnicas de ambos os países agendaram uma reunião para definir o cronograma e os setores prioritários das negociações. O encontro, inicialmente previsto para o domingo na Malásia, foi remarcado após contato entre Mauro Vieira e o chefe do USTR (Escritório de Representação Comercial dos EUA), Jamieson Greer. O Brasil manterá a pressão pela suspensão temporária das tarifas até a formalização de um acordo, embora um prazo específico ainda não tenha sido estabelecido.

Participarão da primeira Rodada técnica o secretário-executivo do MDIC, Márcio Rosa, e o assessor internacional do Planalto, Audo Faleiros, além de representantes do Itamaraty. Essa etapa é vista como o primeiro passo concreto do processo negociador para definir os temas de avanço.

Lula e Trump em reunião bilateral sobre tarifas de importação.
Encontro entre os presidentes Lula e Trump em Kuala Lumpur para discutir tarifas e comércio.

Geopolítica e Mediação Regional

Além das questões comerciais, o encontro abordou temas geopolíticos. O presidente Lula ofereceu-se para atuar como interlocutor entre Washington e Caracas, visando a melhora das relações diplomáticas com a Venezuela. Trump recebeu bem a proposta, reconhecendo o gesto do Brasil em reforçar seu papel como mediador regional.

Visitas Oficiais e Tensão Comercial

Confirmou-se também o interesse mútuo em visitas oficiais recíprocas. Donald Trump manifestou o desejo de visitar o Brasil, e o presidente Lula sinalizou que também irá aos Estados Unidos em futura oportunidade. O Itamaraty considera a reunião um avanço político significativo, especialmente após meses de tensão decorrentes do tarifaço e das sanções da Lei Magnitsky. Os detalhes das conversas serão apresentados por Lula em coletiva de imprensa após a primeira rodada técnica.

Detalhes da reunião entre Lula e Trump sobre tarifas comerciais entre Brasil e EUA.
Detalhamento das conversas entre os presidentes sobre o futuro acordo comercial.

Fonte: InfoMoney

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