O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gerou Polêmica internacional ao afirmar, durante coletiva de imprensa em Jacarta, na Indonésia, que traficantes de drogas são “vítimas dos usuários” e que seria “mais fácil” para o Brasil e Estados Unidos combater os viciados. A declaração foi feita ao ser questionado sobre falas do presidente americano Donald Trump, que defendeu medidas mais drásticas contra o tráfico.
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Em sua fala, Lula argumentou que a dinâmica do comércio de drogas envolve uma troca mútua. “Ou seja, então você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra, e tem gente que compra porque tem gente que vende”, pontuou o presidente, defendendo maior “cuidado” dos países no combate às drogas.
Oposição Reage Fortemente à Declaração
A declaração de Lula repercutiu negativamente no Brasil, especialmente entre parlamentares de oposição. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara, criticou a fala, afirmando que o governo “prefere passar pano para o crime”. “É inacreditável. O homem que governa o país defende quem destrói famílias, quem enche os cemitérios e quem espalha violência nas ruas. Para ele, o bandido é vítima e o cidadão de bem é o culpado”, declarou Cavalcante em suas redes sociais.
Lula Discorda de Ataques e Invasões
Na mesma coletiva, o presidente brasileiro expressou discordância em relação a ataques e invasões a outros países como justificativa para combater o narcotráfico. Lula mencionou que, caso o tema surja em um eventual encontro com Donald Trump, pretende discutir os ataques dos Estados Unidos a barcos na costa da Venezuela.
O Governo Trump tem intensificado operações no mar do Caribe com o objetivo de atingir traficantes de drogas. O presidente americano chegou a admitir autorização de operações secretas da CIA no país de Nicolás Maduro. Para Lula, “se o mundo virar uma terra sem lei, vai ficar muito difícil”. Ele sugeriu como alternativa que os EUA dialoguem com as polícias e ministérios da Justiça de outros países.
“Se a moda pega, cada um acha que pode invadir o território do outro para fazer o que quer. Onde é que vai surgir a palavra respeitabilidade à soberania dos países? Então eu pretendo discutir esses assuntos com o presidente Trump se ele colocar na mesa”, concluiu o petista.
Fonte: G1
