Lula lança crédito imobiliário e reforma de casas com R$ 20 bilhões

Lula lança novo crédito imobiliário e programa de reforma de casas com R$ 20 bilhões. Saiba as novas taxas de juros e impacto no mercado.
Família em frente a uma casa nova, representando o mercado imobiliário brasileiro e as novas políticas de crédito. Família em frente a uma casa nova, representando o mercado imobiliário brasileiro e as novas políticas de crédito.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará nesta sexta-feira (10) um novo modelo de crédito imobiliário e um programa de reforma de moradias em São Paulo. A iniciativa visa impulsionar o mercado imobiliário, especialmente em um ano eleitoral.

Novo Modelo de Crédito Imobiliário

A principal meta do governo é injetar ao menos R$ 20 bilhões no mercado imobiliário por meio de empréstimos habitacionais. Esse montante será originado principalmente de bancos públicos, com potencial de aumento caso haja adesão de instituições financeiras privadas. As mudanças foram concebidas para manter o crescimento dos financiamentos em um cenário de escassez de recursos da caderneta de poupança.

As novas regras alteram as obrigações atuais, onde 65% dos recursos da poupança são destinados ao crédito imobiliário, 20% ficam como recolhimento compulsório no Banco Central e 15% são de uso livre pelos bancos. A modificação, que necessita de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), pretende ampliar as concessões de crédito imobiliário.

Para mitigar resistências do mercado, haverá um período de teste. O primeiro ano de vigência contemplará um modelo híbrido, onde o sistema antigo coexistirá com o novo, atendendo a uma demanda de bancos e construtoras preocupados com o impacto na captação de fundos para financiamento habitacional.

Família em frente a uma casa nova, representando o mercado imobiliário brasileiro.
Crédito imobiliário e programas habitacionais são focos do novo plano governamental.

Programa de Reforma de Moradias Detalhado

O programa de Reforma de moradias abrangerá três faixas de renda, com taxas de juros diferenciadas. Para famílias com renda de até R$ 3,2 mil (faixa 1), a taxa será de 1,17% ao mês. Na faixa 2, para rendas entre R$ 3,2 mil e R$ 9,6 mil, o juro será de 1,95% ao mês. A faixa 3, para rendas superiores a R$ 9,6 mil, terá uma taxa próxima às de mercado.

A definição das taxas de juros foi um ponto de atenção, com o presidente Lula considerando os valores iniciais muito elevados, pois ultrapassavam a taxa Selic de 15% ao ano. A expectativa é que a linha de crédito para reforma esteja disponível na Caixa Econômica Federal até o final de outubro.

Esta iniciativa se soma aos esforços do governo em estimular a economia e o setor de construção civil. O foco em habitação é uma estratégia para o ano eleitoral, buscando atingir um Público amplo e gerar impacto social e econômico.

Impacto e Próximos Passos

O novo modelo de crédito imobiliário, se aprovado pelo CMN, pode reconfigurar a dinâmica de financiamentos habitacionais no Brasil. A participação de bancos privados será crucial para determinar se o volume de R$ 20 bilhões será alcançado e superado.

Analistas de mercado apontam que a medida pode aquecer o setor de construção e reformas, gerando empregos e movimentando a economia. A viabilidade a longo prazo dependerá da sustentabilidade do funding e da capacidade de Adaptação das instituições financeiras às novas regras.

A ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, devem ter papéis importantes na implementação e divulgação das novas políticas.

Fonte: Valor Econômico

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