A cantora Nana Caymmi, reconhecida como uma das maiores vozes da Música brasileira, faleceu recentemente sem receber menção do presidente Lula. Conhecida por suas interpretações sublimes, Nana Caymmi possuía uma posição política considerada desalinhada com o Governo atual, sendo descrita por amigos como bolsonarista, embora distante do ativismo em redes sociais.
A situação política na Venezuela, sob o regime de Nicolás Maduro, é amplamente vista como ditatorial, com milhões de refugiados e eleições questionáveis. Mesmo analistas como Celso Amorim têm dificuldade em atenuar a percepção de um regime repressivo.
A principal líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, teve seus mandatos cassados e foi impedida de concorrer às eleições. Ela é descrita como tendo posições de direita e sendo admiradora de Donald Trump, o que pode explicar a ausência de apoio do governo brasileiro, especialmente após ser laureada com o Prêmio Nobel da Paz. 
Com a iminência de uma nova vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), as especulações sobre quem será o novo ministro já começaram. Fontes apontam que as discussões giram em torno da fidelidade ao presidente Lula e ao Partido dos Trabalhadores, e da relação com o Congresso, esquecendo-se, como apontou Dora Kramer, da Folha de S. Paulo, da exigência primordial do notório saber jurídico.
Pressões por Indicadores Identitários no STF
Paralelamente às discussões jurídicas, surgem as pressões por indicações que atendam a critérios identitários, como a inclusão de uma mulher na Corte. Embora a possibilidade exista, a prioridade deveria ser o cumprimento dos requisitos legais, incluindo o notório saber jurídico.
O Silêncio Governamental Diante de Mulheres com Posições Divergentes
Os casos de María Corina Machado e Nana Caymmi exemplificam como mulheres com posições ideológicas distintas das do atual governo do Palácio do Planalto podem ser ignoradas ou desprezadas. A ausência de reconhecimento para figuras como Nana Caymmi e o silêncio em relação a María Corina Machado contrastam com o rápido reconhecimento a personalidades alinhadas politicamente, como a cantora Maria Bethânia, que compareceu a uma apresentação recente de Lula.
Fonte: Estadão
