O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou a controvérsia em torno da exploração de petróleo na Margem Equatorial, na bacia do rio Amazonas. Lula defendeu a pesquisa pela Petrobras na região, argumentando que o país não pode abrir mão dos combustíveis fósseis abruptamente, mas que é necessário trabalhar para o seu fim gradual.
“Tem uma celeuma no Brasil sobre a exploração de petróleo na margem equatorial. Foi dada licença do Ibama para que a Petrobras comece a fazer pesquisa. Tenho dito que não é possível ninguém abrir mão do combustível fóssil do dia para a noite”, declarou o presidente durante um encontro com representantes da Mercedes-Benz no Palácio do Planalto.
Lula ressaltou a importância de construir o fim da utilização do combustível fóssil, mas destacou que, para isso, é fundamental pesquisar a Margem Equatorial com o devido cuidado ambiental e responsabilidade, demonstrando o protagonismo do Brasil na transição energética.
Transição Energética e Biocombustíveis
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou do debate, enfatizando que os biocombustíveis são para o Brasil o que o petróleo é para a Arábia Saudita. Ele argumentou que o equilíbrio entre as políticas de petróleo e biocombustível posiciona o Brasil de forma proeminente em discussões internacionais sobre descarbonização.
Silveira também comentou sobre a Margem Equatorial, afirmando que, enquanto houver demanda global por petróleo, o Brasil não pode renunciar a essa riqueza para combater a miséria e a fome.
Petrobras como Empresa de Energia
O presidente Lula destacou a evolução da Petrobras, que, segundo ele, deixará de ser apenas uma empresa de petróleo para se tornar uma empresa de energia. Com a aprovação da lei do combustível do futuro, a matriz energética do país mudará, mas o petróleo continuará sendo utilizado enquanto necessário.
“A Petrobras é tão importante para o Brasil que é mais que uma empresa de petróleo. Ela vai se transformar, com o tempo, em uma empresa de energia. E aí o sucesso será total e absoluto”, concluiu o presidente.
Fonte: Estadão
