O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou duramente o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, referindo-se a ele como um “juiz picareta”. Durante um evento na capital Fluminense, Lula destacou que as escolhas políticas nem sempre são acertadas.
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Contexto da crítica de Lula no Rio de Janeiro
As declarações foram feitas na cerimônia do Dia dos Professores, nesta quarta-feira (15). Lula discursou ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que é visto como um potencial candidato ao Governo do estado com o apoio do petista. A fala do presidente foi interpretada como um gesto político em direção a Paes, que foi derrotado por Witzel na disputa pelo Palácio Guanabara em 2018.
Lula mencionou o histórico de prisões e afastamentos de governadores no Rio de Janeiro. “Nesse Estado aqui, quantos governadores já foram presos? Esse Estado era para ser rico. E não é, porque as pessoas muitas vezes não acertam na escolha política. E aí, sabe qual é a desgraça de quem não gosta de política? É ser governado por quem gosta”, afirmou o presidente.
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Análise da declaração sobre ‘juiz picareta’
“Eu não consigo entender como é que esse Estado, um Estado altamente politizado, elege um cara para governador que era um juiz picareta. Ficou aí, não fez p** nenhuma, se meteu em corrupção”, completou Lula. A crítica direta a Witzel, sem mencioná-lo nominalmente, reforça a tese de que a declaração foi uma forma de desqualificar adversários políticos e fortalecer potenciais aliados.
A conjuntura política do Rio de Janeiro, marcada por escândalos e investigações envolvendo ex-governadores, adiciona peso às palavras de Lula. A escolha de um juiz para um cargo eletivo como o de governador levanta debates sobre o perfil ideal para a representação política e a influência do sistema judiciário na esfera pública.
A declaração também pode ser vista como um aceno para a base eleitoral petista, que historicamente busca uma diferenciação clara em relação a candidatos com históricos questionáveis. A política Fluminense, palco de intensas disputas, volta a ser o centro das atenções com as alfinetadas presidenciais.
Este episódio ressalta a importância da análise crítica de candidaturas e a necessidade de uma escolha política consciente por parte do eleitorado, especialmente em estados com histórico de instabilidade política e administrativa. A capacidade de um Estado eleger figuras controversas, como apontou o presidente, é um reflexo complexo de fatores sociais, eleitorais e de imagem pública.
Fonte: Valor Econômico